sábado, 13 de julho de 2013

O que significa o Jihad ou Guerra Santa...por profª Alcilene Rodrigues

10 ª aula - História Geral.



O termo árabe jihad significa"empenhar-se","esforça-se". Originou-se com os árabes e não com os turcos. Os árabes viram a invasão dos francos em termos teológicos, e não socieconômicos. Os árabes tinham conquistado as terras dos cristãos bizantinos na Síria, Pérsia e Palestina na jihad, a Guerra Santa para o Islã, do século VII. Sua tradução como"guerra santa"combinada com a noção errônea, prevalecendo no Ocidente, do Islã como a religião da espada, ajuda a eclipsar seu significado espiritual. O Islã se fundamenta na idéia de estabelecimento do equilíbrio do ser humano e de sua sociedade. Esse equilíbrio seria o reflexo terrestre da Justiça Divina e a base necessária para a ascensão do homem ao céu. 
Para o Islã, o homem perfeito deve combinar suas ações com seus pensamentos bons e puros. No entanto, em face das contingências do mundo, do efeito do tempo e dos vícios das pessoas, permanecer em equilíbrio exige um esforço contínuo: o ser humano tem que "empenhar-se" em todas as fases da vida.
Caso contrário, o desequilíbrio traria o caos em escala comunitária. Ou seja, os muçulmanos precisam se esforçar em todos os momentos para travar uma batalha, interna ou externa, contra as forças que ameaçam  a destruir esse equilíbrio necessário. É aqui, muitas vezes, que a violência se faz presente no Islã.
Como disse o profeta: "O homem está adormecido e, quando morre, desperta". Desse modo, o Islã é uma religião da paz, mas recomenda a guerra como último recurso para proteger-se do inimigo, assegurar a tranquilidade e estabelecer a segurança.
É importante saber, também, que fundamentalismo não é sinônimo de radicalismo nem de islamismo.
Fundamentalista é todo e qualquer cidadão que segue sua vida totalmente de acordo com os fundamentos da sua religião. Por isso pode haver fundamentalistas católicos, budistas, espíritas, protestantes etc. Além disso, os árabes também não são sinônimos de muçulmanos, já que os países de maiores populações muçulmanas do mundo não são de origem árabe.



 
 Você precisa saber que:
Os muçulmanos são divididos em sunitas em 85% e xiitas 14%. A divisão sunitas/xiitas no Islamismo aconteceu depois da morte do profeta Maomé. Ali, o genro do profeta, era quarto califa ou sucessor do mundo árabe. Ali foi assassinado por Muawuya, que fundou a dinastia Omayyad. Xiita significa a festa de Ali. Eles passaram a considerar o califa sunita em Bagdá um corrupto porque seu poder era baseado no derramamento de sangue sagrado.
Os turcos, durante o tempo das Cruzadas eram sunitas, enquanto os fatímidas no Egito eram xiitas.
Os assassinos eram um grupo xiita terrorista dentro do Islã. Os jovens que saíam em missões eram chamados hashshasheen, ou bebedores de haxixe, por isso o termo assassinos, bebiam haxixe antes de cometer assassinatos políticos. Os assassinos tiveram um sucesso incrível, e serviram para personificar a divisão interna dentro do Islamismo. Eles eram tão opostos aos muçulmanos sunitas, incluindo os turcos, que se tornaram aliados próximos dos cruzados.
Zengi, o filho de uma escrava e um turco, tornou-se o líder da jihad, e mitos muçulmanos consideravam no o Mahdi, o Redentor do Islamismo.
Zengui conquistou o principado cristão de Edessa, mas matou apenas a população latina cristã, a queda de Edessa levou à Segunda Cruzada.


Atividade
Pesquisando em jornais recentes, tente perceber se a concepção de jihad retratada pela mídia impressa é a mesma apresentada no texto acima.