sábado, 20 de dezembro de 2014

Os anos ocultos de Jesus de Nazaré...por profª Alcilene Rodrigues

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  “Senhor, venho a Ti em busca de paz.
Somente Tu, meu Deus, podes me dar a paz perfeita, a paz completa.
Em Tua presença, Senhor, me ajoelho e diante da tua face desfruto a paz.
Envolva-me, Senhor, e cubra-me com Teu manto.
Desça a Tua paz sobre mim, como o orvalho sobre a terra.
Que a paz reine em meu coração, e seja demonstrada em meus gestos, na minha voz, em minhas atitudes, na minha vida, em meu lar.
Mesmo que a minha volta haja confusão e guerra, que eu esteja em paz.
Que eu esteja em paz Contigo, comigo e com todos.
Que eu me deite e durma em paz, que eu acorde para um novo dia sentindo esta paz.
Que eu seja um mensageiro da Tua paz, Senhor.
Amém
"O Senhor dá força ao seu povo. O Senhor abençoa o seu povo com paz."
Salmo 29:11
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(¸.•´*(¸.•  “Senhor obrigado por mais um dia, obrigado por essa chuva abençoada que cai..e toda dor de hoje será compensada amanhã. Jesus eu confio em vós!”

Bom dia amados que todos tenham um ótimo Natal  cheio de alegria e que o ano Novo traga esperanças de um futuro melhor a toda humanidade ....Amém e Deus abençõe um por um...e muito obrigada pelo carinho ao acessar o meu blog o ano todo.....Beijos Alcilene


Os anos ocultos de Jesus
O que ele fez antes dos 30 anos? A Bíblia não conta. Mas a história e a arqueologia têm muito a dizer: 
O Novo Testamento contém 27 livros, 7.956 versículos e 138.020 palavras. E uma única referência à juventude de Jesus. O Evangelho de Lucas nos conta que, aos 12 anos, ele viajou com os pais de Nazaré a Jerusalém para celebrar o Pessach, a Páscoa judaica. Quando José e Maria retornavam a Nazaré, perceberam que Jesus tinha ficado para trás. Procuraram o garoto durante 3 dias e decidiram voltar ao Templo, onde o encontraram discutindo religião com os sacerdotes. "E todos que o ouviam se admiravam com sua inteligência" (Lucas 2:42-49). 

Isso é tudo. Jesus só volta a aparecer no relato bíblico já adulto, por volta dos 30 anos, ao ser batizado no rio Jordão por João Batista. É quando o conhecemos realmente. Da infância, as Escrituras falam sobre o nascimento em Belém, a fuga com os pais para o Egito - para escapar de uma sentença de morte impetrada por Herodes, rei dos judeus - e a volta para Nazaré. Da vida adulta, o ajuntamento dos apóstolos e a pregação na Galileia, além do julgamento e da morte em Jerusalém. Mas o que aconteceu com Jesus entre os 12 e os 30 anos? Qual foi sua formação, o que moldou seu pensamento nesses 18 "anos ocultos"? Afinal, o que ele fez antes de profetizar na Galileia? 

A notícia para quem deseja reconstruir o Jesus histórico é que novas análises dos Evangelhos, documentos históricos e achados arqueológicos nos dão pistas sobre a sociedade da época. E dessa forma podemos chegar mais perto de conhecer o homem de Nazaré. E entender o que passava em sua cabeça. 

O pedreiro cheio de irmãos 

Uma coisa é certa. Aos 13 anos, Jesus celebrou o bar mitzvah, ritual que marca a maioridade religiosa do judeu. E é bem provável que ele tenha seguido a profissão de José, seu pai. Carpinteiro? Talvez não. "Em Marcos, o mais antigo dos Evangelhos, Jesus é chamado de tekton, que no grego do século 1 designava um trabalhador do tipo pedreiro, não necessariamente carpinteiro", diz John Dominique Crossan, um dos maiores especialistas sobre o tema. Para o historiador, os autores de Mateus e Lucas, que se basearam em Marcos, parecem ter ficado constrangidos com a baixa formação de Jesus. E deram um jeito de melhorar a coisa. Mateus (13:55) diz que o pai de Jesus é que era tekton. E Lucas omitiu todo o versículo. 

As mesmas passagens de Marcos e Mateus informam que Jesus tinha 4 irmãos (Tiago, José, Simão e Judas), além de irmãs (não nomeadas). Mas dá para ir mais longe a partir dessa informação. "Se os nomes dos Evangelhos estão corretos, a família de Jesus era muito orgulhosa da tradição judaica. Seus 4 irmãos tinham nomes de fundadores da nação de Israel", diz a historiadora Paula Fredriksen, da Universidade de Boston. "Seu próprio nome em aramaico, Yeshua, recordava o homem que teria sido o braço direito de Moisés e liderado os israelitas no êxodo do Egito, mais de mil anos antes." 

Assim, a família teria pelo menos 9 pessoas, mas nem por isso era pobre. Nazaré ficava a apenas 8 km de Séforis - um grande centro comercial onde o rei Herodes, o Grande, governava a serviço de Roma. Com a morte dele, em 4 a.C., militantes judeus se revoltaram contra a ordem política. Deu errado: o general romano Varus chegou da Síria para reprimir os rebeldes. E seu amigo Gaio completou o serviço, queimando a cidade. "Homens foram mortos, mulheres estupradas e crianças escravizadas", diz Crossan. Mas a destruição de Séforis teve um lado positivo: Herodes Antipas, filho do "o Grande", transformou o lugar num canteiro de obras. Isso trouxe uma certa abundância de empregos para a região. Um pequeno boom econômico. Então o ambiente ao redor da família de Jesus não era de privações. "A reconstrução da cidade deve ter gerado muito trabalho para José", diz Paula Fredriksen. 

Jesus nasceu no ano da destruição da cidade, 4 a.C. Ou perto disso. O Evangelho de Mateus diz que Jesus nasceu no tempo de Herodes, o Grande (4 a.C. ou antes). Lucas coloca o nascimento na época do primeiro censo que o Império Romano promoveu na Judeia. E isso aconteceu, segundo as fontes históricas romanas, em 6 a.C. A única certeza, enfim, é que "foi por aí" que Jesus nasceu. E que o ódio contra o que os romanos tinham feito em Séforis permeava o ambiente onde ele viveu. "Não é difícil imaginar que Jesus pensou muito sobre os romanos enquanto crescia", diz Crossan. 

Na década de 20 d.C., quando Jesus estava nos seus 20 e poucos anos, o sentimento antirromano cresceu mais ainda. Pôncio Pilatos assumiu o governo da Judéia cometendo o maior pecado que poderia: desdenhar da fé dos judeus no Deus único. 

Mas, em vez de se unir contra o romano, os judeus se dividiram em seitas. Os saduceus, por exemplo, eram os mais conservadores. Os fariseus eram abertos a ideias novas, como a ressurreição - quando os justos se ergueriam das tumbas para compartilhar o triunfo final de Deus. Os essênios viviam como se o fim dos tempos já tivesse começado: moravam em comunidades isoladas, que faziam refeições em conjunto seguindo estritas leis de pureza. Já os zelotes defendiam a luta armada contra os romanos. 

Em qual dessas seitas Jesus se engajou na juventude? Não há consenso entre os pesquisadores. Para alguns, porém, existem semelhanças entre a dos essênios e o movimento que Jesus fundaria - ambas as comunidades viviam sem bens privados, num regime de pobreza voluntária, e chamavam Deus de "pai". Essa hipótese ganhou força com a descoberta dos Manuscritos do Mar Morto, em 1947. Eles trouxeram detalhes sobre uma comunidade asceta de Qumran, que viveu no século 1 e estaria associada aos essênios. O achado ar-queológico não provou a ligação entre Jesus e essa seita. Até porque os essênios eram sujeitos reclusos, ao passo que Jesus foi pregar entre as massas da Galileia e Jerusalém. 

Jesus podia não ser essênio. Mas, para alguns estudiosos, seu mentor foi. 

João, o mestre 

Dois dos 4 Evangelhos começam a falar de João Batista antes de mencionar Jesus. É em Marcos e João. O homem que batizaria Cristo aparece descrito como um profeta que se vestia como um homem das cavernas ("em pelos de camelo") e que vivia abaixo de qualquer linha de pobreza traçável ("comia gafanhotos e mel silvestre"). 

Para a historiadora britânica Karen Armstrong, outra grande especialista no tema, isso indica que João pode ter sido um essênio. A vocação "de esquerda" que Jesus mostraria mais tarde, inclusive, pode vir da ligação do mestre João com a "sociedade alternativa" dos essênios. "É mais fácil passar um camelo pelo buraco de uma agulha do que entrar um rico no reino de Deus", ele diria mais tarde.

Os Evangelhos não falam de João como mestre de Jesus. Nada disso. Ele apenas reconhece Jesus como o Messias na primeira vez que o vê. Os textos sagrados também informam que ele usava o batismo como expediente para purificar seus seguidores, que deviam confessar seus pecados e fazer votos de uma vida honesta. 

Então Jesus aparece pedindo para ser batizado. Na Bíblia, esse é o primeiro momento em que vemos o Messias após aqueles 18 anos de ausência. 

Depois de purificado nas águas do rio Jordão, Jesus parte para sua vida de pregação, curas e milagres. A vida que todos conhecem. 

Para quem entende esse relato à luz da fé, isso basta. Mas é pouco para quem tenta montar um panorama da vida de Jesus, um retrato puramente histórico de quem, afinal, foi o homem da Galileia que sairia da vida para entrar na Bíblia como o Deus encarnado. E uma possibilidade é que Jesus tenha sido um discípulo de João Batista. Discípulo e sucessor. 

As evidências: tal como João Batista, Jesus via o mundo dividido entre forças do bem e do mal. E anunciava que Deus logo interviria para acabar com o sofrimento e inaugurar uma era de bondade. Em suma: tanto um como o outro eram o que os pesquisadores chamam de "profetas apocalípticos". E se os Evangelhos jogam tanta luz sobre João Batista (Lucas fala inclusive sobre o nascimento do profeta, assim como faz com Jesus), a possibilidade de que a relação deles tenha sido mais profunda é real. 

O grande momento de João Batista na Bíblia, porém, não é o batismo de Jesus. É a sua própria morte. Morte que abriria as portas para o nosso Yeshua, o Jesus da vida real, começar o que começou. 

E Yeshua vira Cristo 

João Batista podia se vestir com pele de animal e se alimentar de gafanhotos. Mas tinha a influência de um grande líder político. Prova disso é que morreu por ordem direta de Antipas. O Herodes júnior tinha violado o 10º mandamento da lei judaica: "Não cobiçarás a mulher do próximo". Não só estava cobiçando como estava de casamento marcado com a ex-mulher do irmão, Felipe. João condenou a atitude do rei publicamente. E acabou executado. 

Mateus deixa claro como Jesus, então já com seus 12 discípulos e em plena pregação, recebeu a notícia: "Ouvindo isto, retirou-se dali para um lugar deserto, apartado; e, sabendo-o o povo, seguiu-o a pé desde as cidades". Logo na sequência, o Cristo emenda o maior de seus milagres. Sentido com a fome da multidão que ia atrás dele, pegou 5 pães e dois peixes (tudo o que os apóstolos tinham) e foi dividindo. Passava os pedaços aos discípulos, e os discípulos à multidão. "E os que comeram foram quase 5 mil homens, além das mulheres e crianças" (Mateus 14:21). Horas depois, no meio da madrugada, outro milagre de primeiro escalão: Jesus apareceria para os apóstolos andando sobre as águas. 

Esses episódios, claro, são parte da vida conhecida de Jesus (ou da mitologia cristã, em termos técnicos). Mas deixam claro: a morte de João foi importante a ponto de ter sido seguida de dois dos grandes episódios da saga de Cristo. 

O filho do pedreiro assumiria o vácuo religioso deixado pelo profeta. Agora sim: Yeshua caminharia com as próprias pernas. E começaria a virar Jesus Cristo. "Ele não só assumiu o manto de João, mas alterou sua doutrina. A diferença interessante entre João Batista e Jesus Cristo é que Jesus ergueu o manto caído de Batista e continuou seu programa mudando radicalmente sua visão", diz Crossan. 

Ele continua: "João dizia que Deus estava chegando. Mas João foi executado e Deus não veio". Ou seja: para o pesquisador, Jesus teria ficado tão chocado ante a não-intervenção divina que mudou sua visão sobre o que o Reino de Deus significava. 

"João Batista havia imaginado uma intervenção unilateral de Deus. Jesus imaginou uma cooperação bilateral: as pessoas deveriam agir em combinação com Deus para que o novo reino chegasse", diz o pesquisador. Ou seja: não adiantaria esperar de braços cruzados. O negócio era fazer o Reino dos Céus aqui e agora. Como? Primeiro, extinguindo a violência. Mas e se alguém me der um soco, senhor? "Ao que te ferir numa face, oferece-lhe também a outra" (Lucas 6:29). Depois, amando ao próximo como a ti mesmo, ajudando ao pior inimigo se for necessário, como fez o bom samaritano da parábola famosa... Em suma, a essência da doutrina cristã. 

A natividade 

Agora, um aparte: chamar de "anos ocultos" apenas a juventude de Jesus é injustiça. O nascimento também é uma incógnita completa. A começar pela data de nascimento: 25 de dezembro era a data em que os romanos celebravam sua festa de solstício de inverno, a noite mais longa do ano. Não porque gostassem de noites sem fim, mas porque ela marcava o começo do fim do inverno. Praticamente todos os povos comemoram esse acontecimento desde o início da civilização - nossas festas de fim de ano, a semana entre o Natal e o Ano-Novo são um reflexo disso. O dia em que Jesus nasceu não consta na Bíblia - foi uma imposição da Igreja 5 séculos depois, para coincidir o nascimento do Messias com a festa que já acontecia mesmo - com troca de presentes e tudo. 

"Na verdade, não sabemos nada histórico sobre Jesus antes de sua vida pública, já que os dois primeiros capítulos de Mateus e Lucas [os que relatam o nascimento] são basicamente parábolas, não história", diz Crossan. De acordo com Mateus, José soube num sonho que Maria daria à luz um menino concebido pelo Espírito Santo. Quando Jesus nasce, magos surgem do Oriente e seguem uma estrela que os conduz a Jerusalém. Lá, eles ficam sabendo que o Cristo nasceu em Belém. Seguindo a estrela, os magos chegam à cidade para adorar o menino e lhe regalam com ouro, incenso e mirra. Mas Herodes fica perturbado com o nascimento e manda soldados matarem todos os bebês de até 2 anos em Belém. Assim, José foge com a família para o Egito e depois vai morar em Nazaré, na Galileia, onde Jesus é criado. 

"Não há nenhum relato, em qualquer fonte antiga, sobre o rei Herodes massacrar crianças em Belém, ou em seus arredores, ou em qualquer outro lugar. Nenhum outro autor, bíblico ou não, menciona isso", diz o teólogo americano Bart D. Ehrman no livro Quem Foi Jesus? Quem Jesus Não Foi? 

No relato de Lucas, o anjo Gabriel vai à casa de Maria, em Nazaré, e lhe avisa que daria à luz um futuro rei. E que o "Filho de Deus" se chamaria Jesus. Maria era uma virgem prometida a José, e o anjo lhe explicou que o filho seria gerado pelo Espírito Santo. Lucas diz que naquela época, "quando Quirino era governador da Síria", um decreto do imperador Augusto obrigou os súditos a se registrar no primeiro censo do Império. Todo mundo devia retornar à cidade de origem para se alistar. Como os ancestrais de José eram de Belém, ele foi com Maria grávida para lá. Jesus nasceu em Belém pouco depois, e foi envolvido em panos na manjedoura. Lá o menino recebeu a visita de pastores e foi circuncidado aos 8 dias, para depois passar a infância em Nazaré. 

"Os problemas históricos em Lucas são ainda maiores", diz Ehrman. "Temos registros do reinado de Augusto, e em nenhum deles há referência a um censo para o qual todos teriam de se registrar retornando ao lar dos ancestrais." 

Ok, mas afinal por que Mateus e Lucas fazem Jesus nascer em Belém? Bom, de acordo com uma profecia do livro de Miqueias, do Antigo Testamento, o salvador viria de lá. Por que de lá? Porque era a cidade do rei Davi, o mais lendário dos soberanos de Israel. 

Depois que o general Pompeu invadiu a Judeia, em 63 a.C., e fez dela província do Império Romano, os profetas passaram a dizer que um rei da linhagem de Davi inauguraria o "reino de Deus". Chamavam essa figura de "o ungido" - já que Davi e outros reis israelitas haviam sido ungidos com óleo. Os Evangelhos foram escritos em grego, o inglês da época. E em grego "ungido" é christos. O Cristo tinha que nascer em Belém. Yeshua provavelmente era de Nazaré mesmo. 

Os Evangelhos, por sinal, são obra de autores desconhecidos. É apenas uma convenção dizer que foram escritos por Marcos (secretário do apóstolo Pedro), Mateus (o coletor de impostos), João (o "discípulo amado") e Lucas (o companheiro de viagem de Paulo). Além disso, os escritores não foram testemunhas oculares. "O autor de Marcos escreveu por volta do ano 70. Mateus e Lucas, de 80. E João, no final dos 90", diz Karen Armstrong. E claro: "Eram cristãos. Eles não estavam imunes a distorcer as histórias à luz de suas crenças", diz Ehrman. Afinal, "evangelho" deriva da palavra grega euangélion, que significa "boas novas". O objetivo dos autores não era escrever a biografia de Jesus, e sim propagar a nova fé. Levando isso em conta, chegamos a outra polêmica: os anos considerados como os mais conhecidos da vida de Jesus também são cheios de episódios misteriosos. Vejamos: 

Yeshua sai da vida para entrar na Bíblia 

Talvez tenha sido em busca de audiência que Yeshua rumou com os discípulos da Galileia para Jerusalém, por volta do ano 30 d.C. Depois de 3 anos pregando na periferia, já seria hora de atuar no palco principal. 

Jerusalém era o pivô do fermento espiritual judaico, e milhares de judeus iam para lá na Páscoa. Os Evangelhos nos dizem que Jesus causou um tumulto no local, destruindo as banquinhas de câmbio (que trocavam moedas estrangeiras dos romeiros por dinheiro local cobrando uma comissão), já que seria uma ofensa praticar o comércio em pleno Templo de Jerusalém, o lugar mais sagrado da Terra para os judeus. Por perturbar a ordem pública, ele foi condenado à cruz. Parece historicamente sólido, mas o episódio central do Novo Testamento também é fonte de reinterpretações. 

No julgamento, por exemplo, a multidão teria pedido que Barrabás, um assassino, fosse solto em vez de Jesus - já que era "costume" da Páscoa. Esse costume, porém, não é mencionado em nenhum lugar, exceto nos Evangelhos. Além disso, Jesus pode não ter sido exatamente crucificado, mas "arvorificado". É a teoria (controversa, é verdade) do arqueólogo Joe Zias, da Universidade Hebraica de Jerusalém. Suas pesquisas indicam que as vítimas dos romanos eram mais comumente crucificadas em árvores, pregando uma tábua de madeira no tronco para prender os braços do condenado. Seja como for, não há por que duvidar de que ele tenha sido executado. Roma usava e abusava do expediente para tentar manter o controle das regiões que conquistava. Segundo Flávio Josefo, historiador judeu do século 1, numa só ocasião 2 mil judeus foram executados 

A história de Jesus não acaba aí, claro. "Alguns discípulos estavam convencidos de que ele ressuscitara. E que sua ressurreição anunciava os últimos dias, quando os justos se reergueriam das tumbas", diz Armstrong. Para esses judeus cristãos, Jesus logo retornaria para inaugurar o novo reino. O líder do grupo era Tiago, irmão de Jesus, que tinha boas relações com fariseus e essênios. E o movimento se expandiu. Quando Tiago morreu, em 62, Jerusalém vivia o auge da crise política. Em 66, romanos perseguiram os judeus com medo de uma insurgência. Os zelotes se rebelaram e conseguiram manter as tropas do Império afastadas por 4 anos. Com medo de que a rebelião judaica se espalhasse, Roma esmagou os revoltosos. Em 70, o imperador Vespasiano sitiou Jerusalém, arrasou o Templo e deixou milhares de mortos. 

"Não temos ideia de como seria o cristianismo se os romanos não tivessem destruído o Templo", diz Armstrong. "Sua perda reverbera ao longo dos livros que formam o Novo Testamento. Eles foram escritos em resposta à tragédia." 

Para os pesquisadores, então, os textos sagrados refletem a realidade da Judeia do final do século 1 - e não a do início, a que Jesus viveu de fato. Por exemplo: Barrabás personificaria os sicários, judeus que saíam armados de punhais para matar romanos na calada da noite, como uma forma de vingança pela destruição do Templo. E que por isso mesmo eram assassinos amados pela população. 

Quer dizer: Barrabás seria um personagem típico da década de 70 d.C., inserido no episódio da morte de Jesus, fato que aconteceu na década de 30 d.C, num momento em que o ódio aos romanos e o louvor a quem se dispusesse a matá-los não eram tão violentos. 

Até a época em que os Evangelhos foram escritos, o movimento de Jesus era apenas um entre as várias seitas judaicas. Os primeiros cristãos se diziam "o verdadeiro Israel" e não tinham intenção de romper com a corrente principal do judaísmo. Mas tudo mudou com a destruição do Templo. 

Ela intensificou a rivalidade entre as facções judaicas. "Em sua ânsia por alcançar o mundo gentio (o dos não-judeus), os autores dos Evangelhos estavam dispostos a absolver os romanos da execução de Jesus e declarar, com estridência crescente, que os judeus deviam carregar a culpa", diz Armstrong. João, o Evangelho mais virulento, declara que os judeus são "filhos do Diabo" (João 8:44). Até o autor de Lucas, que tinha uma visão mais positiva do judaísmo, deixou claro que havia um bom Israel (os seguidores de Jesus) e um Israel mau - os fariseus. 

A rixa com os fariseus tem lógica, já que eram competidores diretos dos judeus cristãos. "Num extremo do judaísmo estavam os saduceus, a ala mais conservadora. No outro, os essênios, a mais radical. Já os fariseus e os judeus cristãos estavam no meio. Eles lutavam pela mesma coisa: a liderança do povo, que estava entre as duas pontas", diz Crossan. 

Não é surpresa, aliás, que os livros do Novo Testamento contenham tantas contradições entre si. "Quando os editores finais do Novo Testamento juntaram esses textos, no início da Idade Média, não se incomodaram com as discrepâncias. Jesus havia se tornado um fenômeno grande demais nas mentes dos cristãos para ser atado a uma única definição", diz Armstrong. Os Evangelhos atribuídos a Marcos, Lucas, Mateus e João seriam finalmente selecionados para o cânon da Igreja. Dezenas de outros evangelhos ficaram de fora. 

Só no século 2, quase 100 anos após a morte de Jesus, começam a aparecer relatos sobre ele no centro do Império. Um deles é uma carta do político romano Plínio ao imperador Trajano. Plínio cita pessoas conhecidas como "cristãs" que veneravam "Cristo como Deus". Outra fonte é o historiador romano Tácito, que menciona os "cristãos (...), conhecidos assim por causa de Cristo (...), executado pelo procurador Pôncio Pilatos". Suetônio, que escreveu pouco depois de Tácito, informa sobre uma perseguição de cristãos, "gente que havia abraçado uma nova e perniciosa superstição". Uma "superstição" cuja mensagem convenceria cada vez mais gente, a ponto de, no século 4, o imperador romano em pessoa (Constantino, no caso) converter-se a ela. E o resto é história. Uma história que chega ao seu segundo milênio. Com 2 bilhões de seguidores.

Lost Years 

Antes dos 30, Jesus provavelmente teve a mesma formação religiosa dos judeus de sua época. Ou seja: seguia outro Jesus. Outro profeta. 

16 anos 

O jovem Yeshua (Jesus, em aramaico) tinha 4 irmãos homens e pelo menos duas irmãs mulheres. E cresceu na cidade onde nasceu: Nazaré. 


20 anos 

Ele pode não ter sido carpinteiro, mas pedreiro. O engano de 2 mil anos seria culpa de um erro de tradução. 


28 anos 

Na Bíblia, o profeta João apenas batiza Cristo. O mais provável, porém, é que ele tenha sido o grande mentor do jovem Yeshua. 


33 anos 

Os romanos crucificavam em massa. E também usavam árvores como base. Esse pode ter sido o cenário da morte de Jesus.

Esta é apenas uma mensagem de reflexão para o verdadeiro sentido do Natal! A expressão "Papai Noel" é mais mencionada nesta época do ano, do que a comemoração do Nascimento de Jesus Cristo!

Um Feliz Natal e um Maravilhoso Ano Novo a todos amigos virtuais! 


♥ Musica linda e esse ator nasceu para atuar nesse filme Jesus of Nazareth...Perfeito!♥


domingo, 30 de novembro de 2014

Sérgio Buarque de Holanda...por profª Alcilene Rodrigues

Quem  é?


Sergio Buarque de Holanda, nascido em São Paulo em 11 de julho de 1902 e faleceu em 24 de abril de 1982.
Foi um dos mais importantes pensadores brasileiros. Historiador, sociólogo, critico literário e jornalista, dedicou-se a estudar a sociedade brasileira a partir de sua história, deixando textos que são grandes clássicos no nosso pensamento social. Apesar de graduado em Direito, Sérgio Buarque  trabalhou grande parte de sua vida na imprensa e na academia. Viveu em diversos países e cidades, mas foi na Alemanha, e mais especificamente em Berlim (onde viveu entre 1929 e 1930), que sofreu grande guinada intelectual, passando investir mais intensamente numa interpretação sociológica do Brasil.
Em sua temporada na Alemanha, Sergio Buarque entrou em contato com a escola alemã de sociologia e identificou-se com a obra de Marx Weber, autor que desde então passou a exercer forte influencia sobre seu pensamento. Essa influencia pode ser facilmente percebida no livro que publicou logo após sua volta ao país, Raízes do Brasil (1936), em que analisa a colonização portuguesa e as conformações sociais que dela derivam.
Sergio Buarque de Holanda é ao lado de Gilberto Freire e Caio Prado Junior, um dos maiores interpretes do Brasil e um dos mais iminentes intelectuais do país. Teve Grande reconhecimento no exterior, e Raízes do Brasil foi traduzido para vários idiomas, entre eles inglês, espanhol, francês, italiano, alemão e japonês. Além desse trabalho, suas obras mais importantes são Monções (1945), Visão do paraíso (1959) e Do Império à República (1972). 

 Em 1936, obteve o cargo de professor assistente da Universidade do Distrito Federal. Neste mesmo ano, casou-se com Maria Amélia de Carvalho Cesário Alvim, com quem teria sete filhos: Sérgio, Álvaro, Maria do Carmo, além dos músicos Ana de Hollanda, Cristina Buarque, Miúcha e Chico Buarque. (foto ao lado do pai)

Civilizados ou cordiais?
Sergio Buarque de Holanda, figura sem dúvida, entre os maiores interpretes da nação. Seu livro Raízes do Brasil publicado pela primeira vez em 1936, propõe um estudo sociológico da história brasileira com o objetivo de identificar  nossas raízes sócio-culturais. Sérgio Buarque recua então, até os tempos coloniais e constrói um panorama histórico da nossa estrutura política, economica e social, influenciada pelo modelo portugues. Para o autor a estrutura social de Portugal era marcada por uma frouxidão organizacional " que levava a um padrão de convivencia ao mesmo tempo mais flexível e mais instável, e isso evidentemente, teve reflexos no Brasil. Em raízes do Brasil, Sergio Buarque desenvolve uma idéia em torno da qual constrói sua interpretação sociologica: a do "homem cordial". Este seria o brasileiro tipico, fruto da colonização portuguesa e representante conceitual de nossa sociedade. Acontece que como a palavra "cordial" na linguagem comum tem o sentido de afável, afetuoso, a idéia do "homem cordial"ficou associada à concepção do brasileiro como gentil, hospitaleiro, pacifíco. E Sergio Buarque foi críticado por essa maneira de ver os brasileiros. Era uma forma idealizada que não correspondia às atitudes mais corriqueiras percebidas no convivio social. A polemica indica que é preciso examinar mais de perto o sentido da expressão escolhida pelo autor: porque "cordial"?
"Cordial" provém da palavra latina cordialis, que significa "relativo ao coração". Sergio Buarque usa a expressão "homem cordial" para indicar um tipo de sujeito que age de acordo com um fundo emotivo transbordante, ou seja, com o coração, movido pela emoção. No lugar da formalidade, do respeito a leis universais, o homem cordial se vale da espontaneidade e aposta na lógica dos favores.
É, assim, o exato oposto do homem que orienta pelos códigos das boas maneiras e da civilidade, feitos para controlar e conter as emoções em nome de rituais e regras de convívio social. Por essa razão começamos com a referencia a Nobert Elias. Ele foi o sociologo que dedicou grande parte de seu investimento intelectual a compreender o papel sociológico das condutas, dos códigos de comportamento, daquilo que denominou "processo civilizador".
A cordialidade, tal como entendida por Sergio Buarque, sugere aversão à impessoalidade. Nós, brasileiros, estariamos sempre buscando estabelecer intimidade, pondo os laços pessoais e os sentimentos como intermediários das nossas relações. Estamos acostumados a "fazer amizade", "contar vida", "pedir conselhos" a pessoas nunca vimos antes enquanto aguardamos na fila do banco ou do supermecado. Não por acaso, estranhamos os que vemos como formalidade excessivas por parte de outros povos como os europeus. Achamos muito estranho quando um ingles recusa um abraço apertado como sinal de gratidão ou quando um sueco que acabamos de conhecer se constrange diante de perguntas sobre sua vida pessoal.
A cordialidade pode vir travestida de uma polidez aparente superficial, que muitas vezes se apresenta como simpatia. De fato, a "simpatia brasileira" chega a ser uma "mercadoria" de grande valor no mercado turístico internacional. Daí derivam outros traços de estereótipos dop brasileiro, como a generosidade, a alegria e a hospitalidade. Nosso "valor" , nossa receptividade são usados como mecanismo de aproximação, de criação de intimidade e de quebra da impessoalidade.
Exemplos da nossa "cordialidade"? Sergio Buarque nos oferece uma longa lista. Ele destaca nossa mania de utilizar diminutivos (inho), como meio de familiarização com pessoas e coisas. Para tornar a espera menos aborrecida pedimos que nosso interlocutor aguarde "cinco minutinhos", se alguém nos pede "um favorzinho",, por maior que este seja, tendemos a atender de melhor agrado. Esse emprego recorrente do diminutivo, assim como nossa aversão ao emprego dos verbos no modo imperativo ( em geral substituímos o" faça " por um "será que daria para voce fazer"), chama a atenção dos estrangeiros que entram em contato com a língua portuguesa tal como falada no Brasil. Mas Sergio Buarque desce a detalhes curiosos. Destaca ainda, a tendencia brasileira à omissão do nome de família (sobrenome) no tratamento social. Enquanto nos EUA a professora do ensino fundamental é chamada por seus pequenos alunos de Mrs Smith, aqui ela é tia Maria.
No campo religioso, essa informalidade também se faz presente. Segundo Sergio Buarque, tratamos "os santos com uma intimidade quase desrespeitosa". Assim, Santo Antonio, quando não arranja o noivo que a moça tanto pediu, tem sua imagem virada de cabeça para baixo.
Quando São Benedito não atende as preces dos fiéis, corre o risco de ficar sem sua xícara de café, em geral posta ao lado de sua imagem toda as manhãs.
Podemos concluir, assim, que o "homem cordial", caracteriza-se fundamentalmente pela rejeição da distancia e do formalismo nas relações sociais. 
Mas o caso brasileiro tem outra caracteristica: as atitudes e principios vigentes no universo íntimo da família acabaram por transbordar para a esfera pública. A consequência desse transbordamento é outro tema que aparece cotidianamente na imprensa e nos textos academicos. Os públicos tratam os assuntos públicos como se fossem assuntos privados, fazendo com que o Estado se torne mais pessoal e menos burocratico. É nesse sentido que Sergio Buarque de Holanda sugere a classificação do Estado brasileiro como "patrimonial " numa clara alusão feita por Max Weber entre burocracia e patrimonialismo. Vamos entender melhor essa diferença.
Para Max Weber, a burocracia representava um aparato indispensável para o funcionamento da "máquina administrativa do Estado. Numa sociedade onde impera a lógica legal-burocratica, o Estado é regído pela impessoalidade, pelo formalismo, pela previsibilidade e pela universalidade dos critérios. Numa sociedade organizada segundo a lógica patrimonial, ao contrário, os homens públicos atuam na esfera doméstica. Em vez de critérios universais e objetivos, levam em consideração os laços sentimentais e familiares. Os jornais noticiam com muita frequência aquilo que os cientistas sociais há mais tempo apontam como problemas a serem enfretados na vida política brasileira: a prática da nomeação de servidores públicos por critérios familiares, e não por critérios universais por concurso, por exemplo. Ainda hoje lutamos contra a pratica de nepotismo na distribuição dos cargos públicos. Sergio Buarque diria que isso acontece porque, onde deveriam reinar os principios da racionalidade e da impessoalidade, acabaram por imperar critérios caros à cordialidade e a lógica dos favores. Há um ditado popular: " quem tem padrinho não morre pagão". Quem tem um protetor consegue um lugar independentemente do seu mérito profissional, sua capacidade comprovada, seu sucesso na competição com outros candidatos.
Vemos, portanto que o conceito de homem cordial se presta à compreensão de uma sociedade marcada por uma confusão, por uma diferenciação precária entre o que é público e o que é privado. O homem cordial, tipo ideal de brasileiro e produto sociológico de nossa história é o simbolo dessa confusão público/privado, o representante de uma sociedade baseada no personalismo e patrimonialismo.
Ao contrario do que pode sugerir o sentido mais comum da expressão, o conceito de homem cordial representa um traço problemático de nossa nacionalidade. Ao escolhermos o personalismo em detrimento das regras, acabamos por ferir os princípios da horizontalidade e da igualdade, tão caros ao desenvolvimento da cidadania e da democracia.
O patrimonialismo impede, segundo Sergio Buarque, a consolidação de um Estado propriamente moderno e eficaz porque opera na lógica do "meus amigos em primeiro lugar". Na sociedade do homem cordial, em que o espaço público é tomado como um prologamento do espaço privado, fenômeno como o coronelismo, apadrinhamento, o jeitinho e a corrupção põem os interesses pessoais  acima do bem comum.
Sergio Buarque de Holanda acreditava que a cordialidade seria superada com o avanço da urbanização, que levaria ao progressivo desenvolvimento da impessoalidade na vida pública. A urbanização e a industrialização, seriam um golpe fatal nas relações calcadas na cordialidade, fazendo com que esse traço histórico- cultural ficasse esquecido num passado de arcaísmo e ruralismo. Pensemos sobre o Brasil de hoje. Podemos dizer que o oposto de Sergio Buarque se cumpriu?




 Ainda em 1936, publicou o ensaio “Raízes do Brasil”, que foi seu primeiro trabalho de grande fôlego e que, ainda hoje, é o seu escrito mais conhecido.





 

  “A mudança de opiniões é num pensador o sinal mais evidente de sua vitalidade. Só os imbecis têm opiniões eternamente fixas.”....Sérgio Buarque de Holanda  



 
                
 Testando seus conhecimentos:
1- leia o texto abaixo. Em seguida responda as questões propostas apoiando-se nas informações contidas no capítulo sobre a interpretação da sociedade brasileira de Sergio Buarque de Holanda. " Já se disse, numa expressão feliz, que a contribuição brasileira para a civilização será de cordialidade, daremos ao mundo o "homem cordial". A fineza no trato, a hospitalidade, a generosidade, virtudes são gabadas por estrangeiros que nos visitam, representam com efeito um traço do caráter brasileiro (...). Seria engano supor que essas virtudes possam significar "boas maneiras", civilidade. São antes de tudo expressões legítimas de um fundo emotivo extremamente rico e transbordante. Sérgio Buarque de Holanda, Raízes do Brasil 1936,.
a) Em torno de que ideia Sergio Buarque de Holanda constrói sua interpretação sociológica do Brasil? Explique
b) Porque a lógica do "homem cordial" é oposta à lógica da civilidade? Como Sérgio Buarque de Holanda, chama essa lógica?
c) Sergio Buarque de Holanda apostava que a civilização afastaria a sociedade brasileira da lógica patrimonialista e o levaria em direção a uma lógica burocrática, portanto mais formal e universal. Reflita sobre o argumento do autor e em seguida escreva sua opinião a esse respeito.


        

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Os procedimentos legais para se casar...profª Alcilene Rodrigues

O casamento é um contrato solene que, além de ter importancia sentimental e afetiva gera efeitos jurídicos. 
O casamento civil, parecido com o que temos hoje no Brasil, surgiu na Holanda, em 1580. Para poder se casar, todos aqueles que não seguissem a religião calvinista eram obrigados a comparecer perante um magistrado civil. No Brasil, antes de oficializar a união legal, é necessário tomar algumas providencias. É isso que veremos agora:
Que documentos levar ao cartório de registro civil?
Certidão de nascimento ou documento equivalente
Declaração de duas testemunhas maiores que atestem que conhecem os nubentes e que não existem  impedimentos para o casamento.
Declaração de estado civil e da residencia dos contraentes e de seus pais, se conhecidos.
Certidão de óbito ( se alguém for viúvo), registro do divórcio (se divorciado).
Como é o procedimento no cartório?

Apresentados os documentos acima, é feito o requerimento de habilitação do casamento. O oficial do cartório informa o Ministério Público. Estando em ordem a documentação, o oficial extrai um edital que fica afixado durante 15 dias no Cartório de registro Civil dos nubentes, sendo publicado em imprensa local (geralmente Diario Oficial). Passado o prazo oficial do registro libera certidão de habilitação (tem duração de até 90 dias). Assim, dentro desse prazo, o casamento é realizado em dia, hora e local determinado).

O casamento religioso tem os mesmos efeitos que o casamento civil?

Sim, desde que seja feito seu registro em Cartório de Registro Civil, com prévia habilitação no prazo máximo de 90 dias.
Lei permite casar sem gastar nada
É importante saber que no caso de pessoas declaradas juridicamente pobres que não disponham de meios economicos e que queiram se casar, a lei garante a gratuidade do casamento civil. Ou seja, elas não devem pagar nada na habilitaçãodo casamento, registro e primeira certidão.
Como obter esse beneficio?
Consulte o Cartório de Registro Civil para saber se enquadra nessa situação.  
                                                          

                                                                        The End


Para relaxar...rsrsrsrs:
O Ministério do Casamento adverte : Não se atreva a fazer isso....kkkkk.... que eu choro.....kkkkk
Não se comporte como uma paulina da vida...kkkk
 Senão ele entra em ação...kkkkk

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

O significado da Pomba da Paz.....profª Alcilene Rodrigues

Paz, pureza, amor, ternura, esperança. O emblema cristão do Espírito Santo. A importância universal da pomba como símbolo da paz deve-se à sua natureza (geralmente briguenta) que à sua beleza como ícone e à influência de referências bíblicas. A pequena ave branca que volta a Noé com folhas de oliveira colhida das águas do dilúvio tinha o charme irresistível como a imagem de um Deus colérico que fazia as pazes com a humanidade.
Aqui, e em outras partes do mito, a pomba atuou como mensageira. O simbolismo geral da ave, junto com a pureza branca, também fez dela uma incorporação pré-cristã do espírito divino nas tradições da Ásia Ocidental. João Batista viu " o espírito de Deus descer como uma pomba" sobre Cristo depois do batismo e aparece em João (1,32) e Mateus (3,16).
A pomba é portanto, um símbolo do batismo e aparece como o Espírito Santo, especialmente nas cenas da Anunciação. Por extensão, representa a alma purificada e costuma ser mostrada a voar das bocas dos santos martirizados. As pombas algumas vezes podem representar almas no mundo clássico e na Índia.
Também aparece como emblema cristão de castidade, apesar de ligações mais antigas e compreensíveis com a concupiscência. Era o atributo da deusa semita do amor Astarot (Astarteia), assimilada no mundo clássico  como Afrodite (Vênus, na mitologia romana, e também de Adonis, Dionísio ( Baco) e Eros (cupido). 
O gemido da pomba estava ligado tanto ao sexo quanto ao parto. Em Pompéia encontraram-se falos alados com pombas. Um par de pombas é antigo símbolo de bem-aventurança sexual, pode ser por isso que acabou por personificar a esposa atenciosa e gentil. Na China, a pomba é um dos muitos símbolos de longevidade, como no Japão, onde com a espada é um emblema da paz. A terminologia da política externa americana envolvendo "pombas e falcões" é recente, mas remete a analogia muito antigas.

Extraido do livro O grande livro dos símbolos, Ed. Ediouro.




Responda:

Porque é que a pomba branca simboliza a paz?

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                A pomba como símbolo do Batismo, assista ao vídeo
                  


"Manso como a pomba, astuto como a serpente... Cristo plantou essa, siga quem for humilde e inteligente"...

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Nobert Elias...por profª Alcilene Rodrigues

Apresentando Nobert Elias (Breslau, Alemanha 22/06/1897 faleceu 01/08/1990)

Ainda que sua obra tenha recebido atenção a partir da década de 1970, Nobert Elias é hoje considerado um dos mais importantes pensadores do século XX.
A partir de um intenso diálogo com a história da cultura. Elias situa os diferentes padrões de relações sociais nos seus devidos contextos históricos e culturais. Assim como Simmel, enfatiza a importância das interações. Para ele, a vida em sociedade é composta de padrões gerados nas interações entre indivíduos ligados por uma relação de interdependência.
Seu livro " O processo civilizador (1939) foi ignorado até ser traduzido para o inglês em 1969, é hoje um grande clássico da sociologia. Em 2 volumes, a obra mapeia historicamente os comportamentos e os hábitos europeus, procurando entender como as atividades individuais são moldadas por atitudes sociais. Num diálogo com a psicanalise de Freud, Elias pensou sociologicamente o desenvolvimento do autocontrole e de sentimentos como a vergonha e a repugnância, de modo a traçar uma história  e uma sociologia da ideia de civilização gerada pela Idade Moderna. Além de O processo civilizador escreveu outros trabalhos de grande destaque, como por exemplo: A sociedade de corte (1969), O que é sociologia(1970) e a Sociedades dos indivíduos (1987).
Um novo pensador nos ajudará a interpretar que caminhos foram percorridos até que se estabelecesse o modelo de família, de privacidade e convivência social que conhecemos no Ocidente. Esse pensador é o sociólogo alemão Nobert Elias.
Tendo vivido a maior parte de sua vida no século XX, Elias descreveu sobre temas importantes e variados como cultura, civilização ocidental, sociedade de corte e formação dos Estados nacionais. Também descreveu um livro inteiro para falar sobre seus conterrâneos, os alemães.    Com interesse debruçou-se sobre Wolfang Amadeus Mozart, músico famoso e genial do século XVIII. Os temas  do esporte e da morte mereceram igualmente sua atuação.

As sociedades reveladas 
Em todos os estudos e escritos de Nobert Elias predomina uma convicção: a de que as manifestações culturais,artísticas, culinárias, as maneiras de lidar com o sofrimento e com a alegria, tudo isso revela muito sobre as sociedades.Diante de uma manifestação como o esporte, por exemplo, ele se faz a seguinte pergunta:
"Que espécie de sociedade é esta onde as pessoas em números cada vez maior, e em quase todo o mundo, sentem prazer, quer como atores ou espectadores, em provas físicas e confrontos de tensões entre indivíduos ou equipes, e na excitação criada por estas competições realizadas sob condições onde não se verifica derrame de sangue, nem são provocados ferimentos sérios nos jogadores? (Nobert Elias e Eric Dunning no Livro: A busca da excitação, Lisboa: Difel, 1992).







 Ao seu ver, uma atividade como o esporte emociona multidões, também acaba sendo reveladora do tipo de cultura e de sociedade que a incentiva e a incorpora em seu cotidiano. Trata-se  de uma sociedade em que os intensos sentimentos coletivos que o esporte provoca são contidos por regras, normas e freios sem os quais o próprio esporte e a própria sociedade sucumbiriam.

Também a morte, na visão de Elias, é reveladora. As sociedades não lidaram sempre da mesma maneira com a morte, nos diz ele, porque ela não se reduz a um acontecimento biológico e natural. Acompanhar as mudanças no trato da morte nos revela muito, portanto, sobre as mudanças que as sociedades sofreram em seus costumes.
As sociedades urbano-industriais, por exemplo, criaram um ritual de morte particular: separaram a morte do ambiente doméstico. Os doentes terminais vão para o hospital, e o velório, assim como o enterro, não é mais feito em casa. Mas nem sempre foi assim. Na Idade Média, a morte era mais presente e familiar, cabia aos parentes cuidar no próprio de seus idosos enfermos, e ao mesmo tempo mais coletiva e violenta, basta lembrar os enforcamentos e torturas em praça pública, de que fala Foucault.
O livro em que Elias trata desse tema chama-se "A solidão dos moribundos", em referencia ao isolamento daqueles que estão no final da vida, são apartados de suas famílias e de suas casas, e entregues à tecnologia hospitalar e médica.
Elias é um sociólogo instigante, que compreendeu a sociedade como resultado de muitos processos, movimento do corpo e da alma, manifestações as mais diversas, Onde esperamos, lá está a sociedade sendo revelada parece nos dizer ele em cada um dos seus escritos. Entre seus livros, a grande parte dos quais já foi publicado no Brasil, um dos mais conhecidos é "O processo civilizador", talvez nessa obra em 2 volumes esteja sua tese fundamental. Principalmente no 1º deles intitulado: " Uma história dos costumes", Elias acompanha em detalhe a história dos costumes, nos diz ele, é uma boa pista para sabermos como a sociedade se pensa, se movimenta e é percebida. O exemplo que analisa nos ajudará a compreender a extensão do sonho de um dia termos uma tranquila vida doméstica.
Um manual que virou catecismo
Em uma história dos costumes, Nobert Elias volta ao ano de 1530 e nos oferece de presente o texto do filosofo renascentista horlandes" Erasmo de Rotterdam, que escreveu um pequeno tratado intitulado "Da civilidade em crianças". Assim que foi publicado o tratado teve enorme aceitação. Quanto mais se tornava conhecido, mais era procurado, como provam edições, em diferentes países da Europa, treze delas feitas no século XVIII. " Essa obra evidentemente tratava de um tema que estava maduro para discussão", diz Elias.
Mas, afinal, de que tratara o livrinho: Da civilidade em crianças? Como diz o título, de civilidade. O  Manual discorria sobre as maneiras, a forma mais polida, mais contida, de se comportar diante dos outros, sobre o controle dos gestos, da postura, das expressões faciais, do vestuário. O que mostramos externamente diz muito do nosso interior, é o que quer ensinar Erasmo de Rotterdam às crianças, para que cresçam já treinadas quanto à maneira adequada de agir socialmente, na companhia de outras pessoas.

Nobert Elias reproduz o que estava escrito no manual de Erasmo, tão bem acolhido virou uma espécie de catecismo:
"Não deve haver meleca nas narinas(...). O camponês enxuga o nariz no boné ou no casaco e o fabricante de salsichas no braço ou no cotovelo.Ninguém demonstra decoro usando a mão e, em seguida, enxugando  na roupa. É mais decente pegar o catarro em pano, preferivelmente se afastando dos circunstantes. Se, quando o indivíduo se assoa com  dois dedos, alguma coisa cai no chão, ele deve pisá-la imediatamente com o pé. O mesmo se aplica ao escarro(...) Erasmo de Roterddam, Da civilidade em  crianças, 1530.
Outras recomendações, que hoje também soam engraçadas, aparecem no decorrer da obra: como se sentar ou soltar ventos". (os meninos devem " reter os ventos, comprimindo a barriga"). Há muito mais ainda: diz o autor que, antes de beber na caneca que outra pessoa passa, deve-se enxergar a boca, deve-se evitar passar para alguém  a carne que está comendo, pois não é gentil oferecer alguma semimastigada: " mergulhar no molho o pão que mordeu é comporta-se como um camponês, demonstra pouca elegância, retirar da boca a comida mastigada e recolocá-la na quadra. Se não consegue engolir o alimento, vire-se discretamente e cuspa em algum lugar (...)".
Nobert Elias trata o manual de civilidade como um documento, em testemunho de uma época que mostra um grande movimento de mudança. Dizendo o que não deveria ser feito, Erasmo nos expõe os costumes e valores de uma sociedade. Indicando como as crianças deveriam ser educadas revela o ideal de uma sociedade que deveria ser construída em moldes distintos dos até então conhecidos. Com Elias, portanto, percebemos na obra de Erasmo um duplo interesse sociológico: aprendemos sobre o presente indesejado e o futuro desejado, sobre a sociedade tradicional e a nova sociedade a ser construída sobre novas bases de relacionamentos.
Na citação que transcrevemos, a figura do camponês é associada a características e comportamentos que não devemos repetir. O que representa o camponês?  A sociedade medieval, onde todo o trabalho se concentra no campo. Erasmo, portanto atribuiu valor negativo ao comportamento próprio de uma sociedade que não era a mais desejada e ao mesmo tempo aponta para outro tipo de sociedade, considerada mais desenvolvida, progressista e educada. E quanto ao presente? É exatamente esse presente, sempre em transição, o foco do interesse de Nobert Elias.
A sociedade do presente que interessava a Elias é a que floresceu em alguns países da Europa ocidental e disseminou  uma maneira própria de se pensar, de se apresentar diante de outras, de se auto-olhar. nesses países desenvolveu-se uma idéia de civilização que obrigou homens e mulheres a mudar sua conduta no dia a dia. Um dos sinais de que estamos dentro desse longo processo civilizador é o estramento que sentimos quando lemos as recomendações de Erasmo em seu pequeno tratado " Não fica bem falar de coisas tão intimas", poderíamos argumentar, ou: " Não fica bem, nem é agradável, escrever sobre assuntos tão escabrosos e nojentos".
achar estranho, sentir constrangimento, achar nojento são sintomas de que já não estamos mais acostumados aos gestos que Erasmo recriminava. mas isso tem também repercussões mais profundas, ensina Elias.
Quando estranhamos maneiras de ser distintas das nossas que aceitamos e aprovamos, podemos ser tentados a definir nosso jeito de ser como bom, desejável, melhor, e classificar o que é diferente, distante, desconhecido, como ruim, atrasado, decadente, selvagem, rude. Olhamos o mundo a partir do que consideramos melhor, e o que consideramos melhor é o que nos acostumamos a ser, a ter, a saber. essa atitude de julgar o diferente a partir do que é nosso foi analisada por outros sociólogos e também por muitos antropólogos. É a origem de um dos conceitos mais importantes da antropologia: o etnocentrismo. vamos entender o que é isso?
Julgar os outros pelo próprio ponto de vista.
Você já deve ter ouvido, muitas vezes o comentários do tipo "aquele país é atrasado", "aquela cultura é decadente", "aquele grupo é selvagem", "aquele povo é bárbaro", "aquelas pessoas são inferiores" e outros na mesma linha. quando uma pessoa diz isso, está fazendo uma avaliação. Ela faz uma escala do melhor para o pior, de seu próprio ponto de vista, e com base nela emite seu juízo sobre o outro. Essa é uma atitude muito mais comum do que seria desejável do ponto de vista sociológico. Por quê? Porque estamos  tomando o que é diferente não pelo que o faz diferente, mas pelo que o distancia daquilo que o grupo a que pertencemos considera melhor, ou mais evoluído, ou mais desenvolvido. Por que estamos qualificando a diferença como algo necessariamente ruim, ameaçador ou repugnante. 
O conceito de etnocentrismo refere-se justamente a essa atitude de qualificar um grupo, uma cultura ou um país comparando-o à sua própria referencia, que é  considerada melhor. A composição de palavra deixa isso claro: etn (o) - também está presente em etnia, que quer dizer cultura, e centrismo indica o centro de referencia para medir as demais por comparação. o antropólogo Everado Rocha assim explica o conceito de etnocentrismo: É uma visão do mundo onde o nosso próprio grupo é tomado como centro de tudo, e todos os outros são pensados e sentidos através dos nossos valores, nossos modelos, nossas definição do que é existência. 
No plano intelectual, pode ser visto como a dificuldade de pensarmos a diferença, no plano afetivo, como sentimentos de estranheza, medo, hostilidade, etc.
Perguntar sobre o que é etnocentrismo é, pois , indagar sobre um fenômeno onde se misturam tanto elementos intelectuais e racionais quanto elemento emocionais e afetivos. No etnocentrismo, estes dois planos do espírito humano, sentimento e pensamento, vão juntos compondo um fenômeno não apenas fortemente arraigados na história das sociedades como também facilmente incontrolável no dia a dia das nossas vidas. Everado Rocha. O que é etnocentrismo? São Paulo: Brasiliense, 1999.
Na maior parte das vezes, a atitude etnocêntrica implica uma desvalorização do que é diferente da nossa própria cultura. Consideramos bárbaro o que não nos é familiar, próximo do nosso jeito de ser, dos nossos valores, das nossas maneiras. O etnocentrismo indica que um determinado grupo étnico se considera superior a outro , já que o diferente é visto como inferior. Provoca uma atitude preconceituosa em relação ao diferente, e pode mesmo gerar gestos de incompreensão diante dos modos e comportamentos de outras culturas.
A xenofobia ( aversão ao estrangeiro) e o racismo (classificação dos povos segundo a raça e defesa da superioridade de uma delas) são exemplos desses possíveis desdobramentos. De tudo o que foi dito, podemos concluir que a atitude etnocêntrica reduz as diferenças quando define um determinado modelo como aquele que deve prevalecer. E mais além de reduzir as diferenças porque não as aceita, elege uma determinada visão do mundo, da cultura, de jeito de ser como aquela que deve ser universalizada, ou seja, que deve valer para todas as situações. Só é considerado aceitável aquilo que está de acordo com a concepção a partir da qual se está olhando. Em geral, o etnocentrismo se apoia em outra noção também muito poderosa: a de estereótipo. O estereótipo possui duas características básicas: é ao mesmo tempo generalizante  e redutor. vejamos um exemplo. quando se diz: " todo brasileiro gosta de praia e futebol", se está acionando um estereótipo. Em primeiro lugar, nem todos os brasileiros gostam apenas de praia: e em segundo, os brasileiros não apenas de futebol. O mesmo argumento vale para muitos outros estereótipos: a do carioca malandro, o do judeu pão duro, o da loura burra.

Mas atenção; os estereótipos não precisam ser necessariamente negativos, assim como o etnocentrismo sempre coloca a própria cultura como superior. Um exemplo? É comum dizer que os norte americanos são patriotas e tecnologicamente desenvolvidos. Muitas vezes os próprios brasileiros comparam-se se a eles e usam a comparação para se auto-acusar de não serem patriotas ou suficientemente avançados. Quer sejam positivos ou negativos, elogiosos ou depreciantes, o etnocentrismo e os estereótipos remetem a relações de poder desiguais e hierarquizadas.
lembremos agora: a casa aconchegante e bem equipada, a ideia de uma vida confortável tudo isso faz parte de uma cultura que foi estimulada a partir do desenvolvimento do comércio e do consumo, e que passou a ocupar um lugar central em sociedades. O sonho de vida está portanto integrado ao que poderíamos chamar de sonho coletivo, usufruir das coisas de que a civilização dispõe no dia a dia e exibe em locais como lojas de departamento, galerias, feiras.



Monitorando a Aprendizagem
1- Com base nas informações que você recebeu, elabore uma definição para "civilidade". Cite exemplos:
2- O etnocentrismo, no Ocidente moderno, pode ser considerado um dos desdobramentos do processo civilizador . Consulte o verbete no final do livro, defina etnocentrismo com suas palavras e dê exemplo concreto
3-  O que é estereótipo?
4- É possível conhecer uma sociedade a partir de seus costumes e de sua civilidade? Justifique a sua resposta.