quinta-feira, 4 de outubro de 2018

Soren Kierkegaard...por profª Alcilene Rodrigues

Quem é?


Razão e fé 

Soren Kierkegaard (181-1885), pensador dinamarquês, é um dos precursores do existencialismo contemporâneo. Dentre suas obras, destacamos: Temor e tremor, O conceito de angustia e Migalhas filosóficas.
Severo crítico da filosofia moderna Kierkegaard afirma que desde Descartes até Hegel o ser humano não é visto como ser existente, mas como abstração, reduzido ao conhecimento objetivo, quando na verdade a existência subjetiva, pela qual o individuo toma consciência de si, é irredutível ao pensamento racional, e por isso mesmo possui valor filosófico fundamental. A esse respeito, o professor Benedito Nunes completa:
"Não se diga, porém que ela (a existência) é incognoscível. Ao contrario, dada a imediatidade, para o homem, entre ser e existir, o conhecimento que temos da existência é fundamental, prioritário. O homem se conhece a si mesmo como existente. Esse conhecimento, inseparável da experiencia individual, não transforma a existência num objeto exterior ao sujeito que conhece."
Para Kierkegaar, a existência é permeada de contradições que a razão é incapaz de solucionar.
Critica o sistema hegeliano por explicar o dinamismo da dialética por meio do conceito, quando deveria faze-lo pela paixão, sem a qual o espirito não receberia o impulso para o salto qualitativo, entendido como decisão, ou seja, como ato de liberdade. Por isso é importante na filosofia de Soren Kierkegaard a reflexão sobre a angustia que precede o ato livre.
A consciência das paixões leva o filosofo e também teólogo a meditar sobre a fé religiosa como estagio superior da vida espiritual. Para ele, a mais alta paixão humana é a fé. è ela que nos permite o salto no escuro que é o salto da fé. Mas ela é, também, uma paixão plena de paradoxos. 
Como por exemplo, o filósofo cita Abraão, personagem do Antigo Testamento que se dispõe a sacrificar o próprio filho para obedecer à ordem divina: não porque compreendesse, mas porque tinha fé. O estagio religioso e para Kierkegaard o último de um caminho que o individuo pode percorrer na sua existência, sendo superior inclusive à dimensão puramente ética.


Exercício:
1- O que significa a experiencia religiosa para Soren Kierkegaard?