domingo, 23 de junho de 2013

A história da Biblia...por profª Alcilene Rodrigues





A Bíblia é um conjunto de dezenas de livros sagrados cristãos e judeus, dividindo em Antigo e Novo Testamento. Os dez primeiros livros começaram a ser compilados por escribas no século X a.C e contam de forma religiosa a história dos primeiros patriarcas hebreus(Abraão, Isaac e Jacó) e a história de Israel (até Davi). Esses registros valeram-se das tradições orais do povo hebreu.
No século VIII a.C, os profetas dariam novas feições ao relato bíblico. As mensagens proféticas foram compiladas, provavelmente, por escolas de discípulos de cada profeta. Por volta do século II a.C, o Antigo Testamento teria praticamente o formato que conhecemos hoje.
A partir de 50 d. C, os cristãos começaram a preservar cartas de seus chefes espirituais, em especial as atribuídas a Paulo. 
Reunidas e junto aos Evangelhos e Atos, elas deram origem ao Novo Testamento já no final do primeiro século depois de Cristo. A Bíblia é a mais importante fonte histórica para o estudo da palestina Antiga, mas o cuidado com essa fonte deve-se, primeiro, ao fato de ela ser um composto dessas tradições supracitadas e, em segundo, porque a linguagem bíblica é simbólica e religiosa.

Responda:
1- O que é a Bíblia?
2-Em que século os profetas deram novas feições ao relato bíblico?
3- Cite os personagens bíblicos que você mais admira e porque?
4- Em que momento aparece a figura de Jesus na Bíblia?
5- Qual a importância das cartas de Paulo? Explique
A Bíblia é parte arraigada e construtiva de nossa cultura. No vídeo vemos um livro para crianças que introduz alguns de seus mais célebres personagens  ( Moisés, Samuel, Davi, Daniel, José, Maria e Jesus, etc.), cujas feições hebraicas foram transformadas em europeias.

quinta-feira, 13 de junho de 2013

A sociedade da informação...por profª Alcilene Rodrigues

Uma nova sociedade
Ainda que em todos os tempos e lugares sempre tenham ocorrido mudanças, as chamadas sociedades tradicionais fixavam hábitos mais duradouros que ordenavam a vida de maneira padronizada, com estilos de comportamento resistentes a alterações, sempre introduzidas de maneira gradativa.
No entanto a partir dos anos de 1960 nota-se uma mudança de paradigma porque os parâmetros que vinham orientando nosso modo de pensar, valorar e agir desde o Renascimento e a Idade Moderna começaram a entrar em crise no final do século XIX, acelerando-se muito rapidamente na segunda metade do século passado.
A sociedade da informação:
A formidável revolução da informática já se faz sentir na cultura contemporânea. Voltando no tempo imaginemos a mudança de paradigma que representou, na Grécia Antiga, a introdução do alfabeto fonético. E no renascimento, o que significou a democracia do saber pela invenção dos tipos móveis, engenho que deu inicio à era da imprensa. Na contemporaneidade os textos que circulavam nos livros, revistas e jornais se integravam às imagens e aos sons, primeiro pelo cinema e pela televisão, depois por todos os canais que as recentes descobertas tecnológicas tornaram disponíveis no campo da automação, robótica e microeletrônica.




                                          RENASCIMENTO - IMPRENSA





                                         MICROELETRÔNICA

Estamos vivendo a era da sociedade da informação e do conhecimento, que tem transformado de maneira radical todos os setores de nossas vidas. A influencia da mídia e da informatica acelerou o processo de globalização, a partir de uma rede de comunicação que nos coloca em contato com qualquer pessoa ou grupo em todos os lugares do planeta. Observe, por exemplo, a rapidez de comunicação que representaram o rádio, o telegrafo, a televisão, hoje são janelas para o mundo.
Possibilitaram troca de arquivos, acesso a banco de dados internacionais, divulgação de pesquisas, correio eletrônico e discussão em tempo real de temas os mais variados. Aparelhos eletrônicos cada vez menores não cessam de ser inventados, desde celulares com inúmeros recursos além da função original, até as mais novas invenções, como o aparelho de mp3, que surgem a cada momento e nos surpreendem por suas múltiplas possibilidades.
As grandes transformações que tiveram inicio no final dos anos 1960 e meados da década de 1970, criaram, entre outras inovações, uma nova estrutura social dominante, a sociedade em rede. segundo o sociólogo Manuel Castells, uma sociedade em rede é um conjunto de nós interconectados que podem ser dos mais variados tipos. Por exemplo:  rede de fluxos financeiros globais, de produção e distribuição de drogas, de gangues de rua, de sistemas de comunicação ou transportes, de estúdios de entretimento e tantas outras. 
Consequentemente, o impacto das novas mídias também se reflete nos novos valores e crenças, a uma velocidade de que não se compara a nenhuma outra época. O desafio dos novos tempos é ser capaz de selecionar a informação é refletir sobre seu significado.





Para refletir:
Em um país que o analfabetismo ainda apresenta índices elevados, em plena era da informação, é grande o número de pessoas que não tem acesso aos computadores, os analfabetos digitais. Discuta com seus colegas esse tema.

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Forever Friends: Love is in the Air / HD- Feliz Dia dos Namorados!

 ☼ Para o amor : 
Você pode fechar os olhos para as coisas que você não quer ver, mas você não pode fechar o seu coração para as coisas que você não quer sentir. 
Com ternura o dia amanheceu...E logo já estava em meus pensamentos. Imaginei te dando um longo beijo de bom dia e te desejando muita tranquilidade para enfrentar mais uma etapa em sua vida. As palavras são expressão máxima dos sentimentos, então que as minhas possam ser para você nesse momento a alegria e a certeza de que és muito querido e desejado por mim. A gente se entende de uma maneira tão simples que uma troca de olhares já nos faz saber exatamente o que o outro deseja e quer.Bom dia amor!!!

                                     





                   





                            

terça-feira, 4 de junho de 2013

Walter Benjamim...por profª Alcilene Rodrigues

Apresentando
Walter Benjamim (adoro!)

Walter Benjamim, nascido em Berlim em 15/07/1892 e morreu em Porbou em 27/09/1940, foi ensaísta, crítico literário, tradutor, filósofo e sociólogo de cultura. Esse pensador de origem judaica deixou uma obra de difícil classificação, uma vez que escreveu sobre temas variados, e muitos de seus textos jamais foram concluídos.
Benjamim teve sua trajetória intelectual ligada a chamada Escola de Frankfurt, que reunia pensadores voltados para o desenvolvimento de uma teoria crítica social que ultrapassasse algumas das premissas de Marx e focasse as dimensões culturais do modo capitalista de produção. Expressões como indústria cultural e cultura de massa são heranças diretas dos estudos da Escola de Frankfurt e remetem a um universo de reflexões muito caro à sua obra.
Profundo conhecedor da língua francesa, Benjamim traduziu para o alemão obras dos escritores Marcel Proust e Charles Bandelaire, estabelecendo um forte vínculo entre a crítica social e a produção artística. Investiu também na análise do advento da modernidade e do conceito de história, sempre entre cruzando diferentes áreas do pensamento social. Entre suas obras mais conhecidas estão: A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica (1936), Teses sobre o conceito de história (1940), a inacabada Paris, capital do século XIX e Passagens, compilação de escritos publicado postumamente.
Benjamim era alemão, mas morreu sem nacionalidade defendida. Tomaram-lhe o passaporte alemão antes que conseguisse como exilado politico, a cidadania francesa. O nazismo o perseguiu duplamente, pois, além de judeu era comunista. Sua obra traz a marca desses trânsitos complicados entre diferentes identidades e territórios: para os comunistas seu apego ao judaísmo era inaceitável, para os judeus, suas referências marxistas não tinham cabimento. Para os filósofos seu trabalho era literário demais, para os críticos literários era muito sociólogo. Reconhecemos que seus críticos tem razão quando acusam de dispersivo e as vezes incoerente.
Com Benjamim iremos conhecer as chamadas passagens, galerias  parisienses do século XX cuidadosamente projetadas para atender e estimular o desejo de consumo das massas urbanas. esses espaços inspiraram as lojas de departamento e o shopping center que você provavelmente frequenta.
É preciso reconhecer que poucos pensadores sociais tiveram sensibilidade para observar o cotidiano da modernidade e decifrar as personagens da metrópole.
Como o próprio Benjamim disse, ele tinha interesse especial por aquilo que outros intelectuais classificam como " lixo". E foi assim que ele antecipou a reflexão critica sobre a fotografia, o cinema, as miniaturas, os brinquedos, a poesia, o flâneur ( passear), o ópio, a prostituta, assuntos e personagens considerados irrelevantes e indignos por muitos de seus contemporâneos.
Uma novidade aparente banal. como o surgimento do cartaz, também ganha outra dimensão nas mãos de Benjamim. 
Observando os cartazes que começavam a ser colados nos muros de Paris, ele reflete sobre a nova cultura urbana que então surgia, associada diretamente ao entretimento e ao consumo de produtos. De tão habituados a conviver com uma cidade repleta de cartazes e outdoors que divulgam produtos, espetáculos, idéias, nós nos esquecemos de que esse meio de comunicação foi uma invenção do século XIX. Antes não existia o conceito de "propaganda", até porque não havia uma produção significativa de bens de consumo. Não havia uma porção de produtos competindo pela preferencia de consumidor como há hoje. Quando Benjamim reflete sobre o surgimento dos cartazes, além de associa-la ao nascimento da nova sociedade de consumidores, ele também os vincula à chamada espetacularização da política. Pense na proximidade entre essas 2 operações: " campanha publicitarias" e "campanha politica".  A primeira promove um produto ou uma idéia. A segunda, uma pessoa ou seu projeto politico. Ambas dependem para alcançar seus objetivos, da utilização de recursos de comunicação que atinjam as massas urbanas. As mercadorias que se quer vender precisam "aparecer". Os políticos também. Cria-se, assim, o " palco da politica" onde se encena o "espetáculo da democracia". isso tem o seu lado bom e o seu lado ruim, segundo Benjamim.
É muito bom que tenha crescido o número de pessoas que participam dos processos eleitorais. É muito ruim, porém que a politica se tenha transformado em encenação. A discussão dos projetos e ideias foi substituída por um desfile de imagens produzidas para seduzir o eleitor, assim como se procura seduzir o cliente por meio das embalagens de um produto.

Um mundo em miniatura
Porque, afinal Benjamim julgou as passagens de Paris tão interessantes. Benjamim associa seu aparecimento sobretudo ao desenvolvimento do comércio de tecidos. Na época ainda não havia lojas de roupas prontas, e as pessoas comparavam tecidos para que a costureira ou o alfaiate produzisse as peças desejadas.
Mas as passagens segundo Benjamim não abrigavam somente lojas de tecidos: havia também o que se chamava de magasins de nouveatés, lojas de novidades. Nelas era possível encontrar uma infinidade de mercadorias de luxo que deslumbravam parisienses e turistas. Benjamim cita um guia ilustrado de Paris que dizia: Essas passagens uma recente invenção do luxo industrial, são galerias cobertas de vidro e com paredes revestidas de mármore que atravessam quarteirões inteiros, cujos proprietários se uniram para esse tipo de especulação. Em ambos os lados dessas galerias, que recebem a luz do alto, alinham-se as lojas mais elegantes, de modo que tal passagem é uma cidade em mundo em miniatura.
Para Benjamim, as passagens eram um mundo em miniatura em vários sentidos. Em primeiro lugar porque ali se encontravam diferentes mercadorias, vindas dos lugares mais remotos, principalmente das colônias francesas. Gente de toda parte do mundo vinha admira-las e consumi-las. As passagens permitiram perceber, em seu espaço, as várias contradições dos sistema capitalista mundo afora: a contradição entre abundancia e escassez, entre o império e a colônia, entre o tempo útil de um produto e o tempo descartável da moda, entre os que podiam entrar e consumir e os que ficavam do lado de fora sonhando.
Benjamim vê as passagens como locais de interesses trocas materiais e culturais verdadeiros espaços de exposição de produtos e de corpos. os consumidores desfilavam pelas galerias para ver e serem vistos. Alguns levaram para passear tartarugas com fitas de veludos amarradas ao pescoço! Esse hábito, que nos parece tão ridículo hoje, era uma maneira de forçar o passo lento.
As pessoas estavam sendo treinadas para incorporação de um habito novo de olhar vitrines e assim desejar o supérfluo, a novidade por ela mesmo.
Quantas vezes nos recusamos a usar uma peça de roupa ainda em bom estado só porque ela saiu de moda? Quantas vezes descobrimos que simplesmente não podemos viver sem aquele novo modelo de calcular, que nem sabíamos que existia até deparamos com ele em uma vitrine?
Benjamim nos ajuda a perceber a origem de uma poderosa associação: aquela entre consumo e lazer. hoje esse par nos parece natural. Muitas vezes vamos ao shopping curtir só para nos distrair ou relaxar. Acabamos, geralmente, comprando uma coisinha, fazendo um lanche. Ou seja, acabamos consumindo quando a intenção era passear. fazer compras se tornou uma atividade privilegiada em nosso tempo livre, o tempo do não trabalho.
                       Galeria Viviane- Paris, em 1880
                  Galeria Viviane - Paris, atualmente
As passagens parisienses eram espaços frequentados sobretudo pelas mulheres da classe média e da elite. Não se esqueça de que durante muito tempo e ainda hoje na sociedades mais tradicionais, as mulheres estiveram associadas ao espaço doméstico.Mesmo as mulheres mais pobres, que trabalhavam fora de casa, não era permitido circular pelo espaço públicos impunemente. Uma mulher de bem, de família, com sobrenome a ser preservado, não perambulava pelas ruas. Isso era coisa de outro tipo de mulher, a prostituta. As prostitutas frequentavam as ruas porque eram , por assim dizer mercadorias que precisavam ser expostas para o consumo masculino.
As passagens, assim como as lojas de departamento no inicio do século XX, vieram garantir as mulheres um espaço seguro onde podiam passear e se divertir sem serem confundidas.
A ironia rende no fato de que, para conquistar is espaços públicos, as mulheres tiveram que substituir a identidade da" mercadoria em si" pela de "consumidoras de mercadorias".
Benjamim vê as passagens como espaços ao mesmo tempo de opressão e de habitação. Eram opressoras porque empunham a ideologia do consumo. Mas também carregavam em si o que ele chamava de "utópicas promessas de liberdade", na medida em que apontavam para a possibilidade de ser constituir uma sociedade próspera e dominada pela tecnologia, funcionando como verdadeiras casas de sonhos coletivos, conforme sua expressão.
Ao longo de sua obra, Benjamim manteve uma preocupação constante com as transformações ocorridas em nossa maneira de perceber o mundo. Como os novos recursos tecnológicos alteram nossa maneira de perceber o que está ao nosso redor? A resposta a essa questão complicada foi dada em em um ensaio de título igualmente complicado. A obra de arte na era da sua reprodutibilidade técnica, que foi escrita na década de 1920, quando a fotografia e o cinema ainda eram grandes novidades.
O progresso das técnicas de produção e as alterações da percepção, no diz benjamim, começam com a fotografia a se aprofundam com o cinema. Observe que a fotografia, ao contrário da pintura, não tem propriamente um original. Sem original é o negativo, que só se transforma em fotografia após a revelação. Por ter na reprodução mecânica a condição de sua própria existência, e por permitir um número infinito de cópia, a fotografia já nasce colocando em questão os conceitos de originalidade e autenticidade. Ela faz circular a imagem de objetos, paisagens, figuras humanas, mas também de obras de arte que eram únicas, só podiam ser contempladas por poucos e por isso mesmo parecia envoltas em uma espécie de aura. Pense, por exemplo, na Monalisa, de Leonardo da Vinci. durante muito tempo, esse quadro foi visto apenas por aqueles que tinham o privilégio de visitar o Museu do Louvre, em Paris. Hoje, graças à reprodução fotográfica, a pintura de da Vinci se tornou presente no imaginário de pessoas de diferentes idades e classes sociais, em vários lugares do mundo. E graças também a fotografia o sorriso enigmático da Monalisa pode estampar camisetas, panos de prato, tapetes, almofadas, a imaginação é o limite.
Para Benjamim o cinema, altera drasticamente nossa percepção do tempo com o cinema, aprendermos a incorporar descontinuidades e nos exercitamos como se estivessemos numa verdadeira máquina do tempo. Se as galerias eram mundos em miniaturas, o cinema é o mundo em pedaços. Um mundo de fantasias, de simulação, de reconstrução e de representação da realidade. Outra coisa que o cinema altera é a concepção de autoria. Além do diretor, há tantas pessoas envolvidas na produção do filme, os atores, o roteirista, o cinegrafista, o responsável pelos efeitos especiais, etc, que não cabe apontar um único autor.
Benjamim estava interessado em pensar sobre as alterações ocorridas não apenas nas maneiras de produzir imagens, mas também na formas de perceber o mundo. pense em como as pessoas deviam perceber seu próprio rosto antes de o espelho se tornar um objeto de uso comum. Elas podiam se utilizar de outras superfícies refletoras, mas certamente obtinham uma imagem menos definida de si mesmas. Hoje, ampliando uma fotografia nossa, podemos ver cada detalhe do nosso rosto cada pequena marca, cada poro. Usando ferramentas como o Photoshop, podemos ainda alterar detalhes do nosso próprio rosto ou compor imagens inexistentes na realidade, mas que parecem muito reais a quem observa.



Graças a invenção de novos instrumentos: espelhos, gravador, microscópio, luneta, câmera fotográfica, cinema, computador, cada época histórica altera a percepção que os seres humanos podem ter da realidade. 
Benjamim escreveu muitas páginas sobre os impactos das invenções na vida das pessoas, ressaltando não tanto seu aspecto "técnico", mas seu aspecto "existencial". Um bom exemplo é o da transmissão de memória. As sociedades ágrafas, ou sem escrita, que não dispõem de dispositivos tecnológicos de gravação e difusão da informação tem uma relação com a memória muito diferente da nossa. Nessas sociedades, a memória esta diretamente ligada a transmissão oral dos fatos dignos de serem lembrados, ao compartilhamento da informação entre os mais velhos e os mais jovens. Nessa relação com a memória é outra.
Quando queremos nos recordar de um evento coletivo do passado, fazemos uma pesquisa nos livros e nos jornais da época, sem falar na internet. para nos lembrarmos dos nossos primeiros anos de vida, recorremos aos álbuns de fotografia e aos videos feitos por nossos familiares. Isso não quer dizer que tenhamos perdido o gosto pelas histórias que nos contam nossos avós, que não compartilhamos oralmente de fatos passados, ou que não tenhamos mais a experiência afetiva da memória. Mas, como nos diz Benjamim, algo de muito importante mudou, primeiro com a introdução da escrita, depois com inúmeras ferramentas de busca, e de difusão da informação que encontrarmos a nosso dispor. Já não há necessidade de aquele que busca a informação e aquele que transmite estarem no mesmo espaço físico.
No caso da internet, muitas vezes nem sabemos de onde veio uma informação capaz de alcançar milhares de pessoas. 
Benjamim sempre procura, nos fenômenos sociais que observa, ponderar o que há de positivo e de negativo. Ele reconhece por exemplo, os benefícios que a reprodução técnica oferece em termos de preservação das obras de arte e ampliação de acesso a um contingente maior das pessoas. Sua análise, de maneira geral, nos permite ver a realidade como uma estrada que se abre em vários caminhos possíveis. Se isso muitas vezes complica o entendimento de suas reflexões, certamente as torna mais desafiadoras e interessantes.

Questões:
1- Émile Durkheim, ao formular o conceito de fato social, estabeleceu alguns critérios para definir as questões que interessam aos sociólogos. Responda: Porque apesar de Walter Benjamim ter estudado alguns temas que não fazem parte do repertório da sociologia de sua época, e não ser considerado um sociólogo seus temas podem ser considerados sociólogos?
2- Que temas estudados por Benjamim foram abordados?
3- Que aproximação podem ser feitas entre a análise de Marx e a de Benjamim sobre o capitalismo?
4- Com sua palavras, resuma os principais pontos de reflexões de Benjamim. Sobre a difusão da fotografia, que mudanças essa tecnologia provocou nas sociedades modernas?

Você sabia:
Tratamento de Imagem
O photoshop é um programa de computador com o qual podemos alterar imagens fotográficas dando-lhes novas cores, modificando proporções, recortando partes, adicionando figuras, enfim, recriando a imagem original de acordo com nosso gosto. Quem observa o resultado final sem comparar com o ponto de partida não imagina a quantidade de retoques feitos e onde eles estão localizados. esse recurso é muito utilizado nas fotografias e nos anúncios publicados nas revistas.




domingo, 2 de junho de 2013

Georg Simmel.....por profª Alcilene Rodrigues

Quem é?

Georg Simmel nasceu em Berlim em 01/03/1859 e faleceu em Estrasburgo em 28/09/1918.
Embora o nome de Georg Simmel nem sempre apareça entre os dos pais da Sociologia, sua obra teve grande importância no desenvolvimento do conhecimento sociológico.
Uma de suas preocupações foi, assim como Durkheim, discorrer sobre os objetos e a metodologia próprios do estudo da sociedade.
Simmel teve sua obra marcada pelo intenso crescimento urbano porque se passava Berlim, capital alemã, no final do século XIX e início do século XX. Atento a essas mudanças, desenvolveu um método de análise que ficou conhecido como microssociologia propondo olhar os fenômenos sociais nas suas pequenas manifestações. Para ele, a sociedade estava em constante transformação, sendo feita e refeita a partir das relações do dia à dia . Formado em história e filosofia, Georg Simmel foi muito influenciado pelo filosofo Emmanuel Kant, embora tenha sido na análise sociológica que empreendeu seu maior esforço. Os temas mais explorados em sua obra são a modernidade, o individuo moderno e a importância social do dinheiro. Sobre esse tripé analisou as mais diversas formas de interação tendo como pano de fundo a questão mais ampla da relação entre individuo e sociedade. Suas principais obras são coletâneas de ensaios, e entre seus textos mais famosos destaca-se : As grandes cidades e a vida do espírito (1903).

Tempos nervosos
A modernidade, incontestavelmente mudou o ritmo da produção. Mas não só isso, mudou o ritmo das ruas, das cidades, da vida, na verdade tudo isso foi acelerando. As formas de entretimento são bons exemplos: a quietude exigida pela leitura contrasta radicalmente com a velocidade da montanha russa ou do cinema de ação. Nossa capacidade de percepção também se alterou: pense na quantidade de variáveis em que você precisa prestar atenção enquanto joga uma partida de videogame. Não por acaso, as habilidades dos jovens do século XXI, deixam os mais velhos perplexos: falam ao telefone, checam e-mails, escutam música e fazem o dever de casa ao mesmo tempo.
Georg Simmel viveu antes deste nosso tempo de hoje, mas formulou um conceito que nos ajuda a pensar na aceleração do cotidiano e em suas consequências psíquicas: o conceito de intensificação da vida nervosa. No contexto da cidade, dizia ele, somos frequentemente expostos a estímulos-imagens, sons, rostos, anúncios que acabam exigindo de nós uma sensibilidade específica. temos que ser capazes de nos concentrar de manter um ritmo acelerado de produção e de nos adequar a um tempo marcado por um calendário estável, impessoal.
Os avanços tecnológicos e a racionalização da vida lembra-se do que Max Weber ensinou, contribuem para que o cotidiano se torne ao mesmo tempo mais simples e mais complicado.
Recapitulando
Aprendermos com Georg Simmel que a cidade oferece a cada um dos seus habitantes múltiplos estímulos que contribuem para formar uma personalidade psíquica peculiar. Um cidadão urbano é socializado a cada dia para enfrentar situações com alto nível de excitação, que exigem o desenvolvimento de habilidades específicas. Exemplo: mover-se na multidão, usar seletivamente os sentidos e comportar-se de maneira reservada quando julgar necessário.
Com a vida moderna nasceu um paradoxo: o cotidiano ficou ao mesmo tempo mais simples e mais complexos. A modernidade ampliou os horizontes dos indivíduos, mas trouxe novos desafios. Nas metrópoles, a complexidade da vida amentou por causa da enorme massa de indivíduos que nelas vivem: as filas para atendimento em repartições públicas, supermercados e hospitais são grandes e lentas, os congestionamentos de trânsitos podem durar muitas horas em cidades como São Paulo ou Rio de Janeiro. Morar em grandes centros urbanos muitas vezes significa ter de esperar quando se tem pressa. Nada mais estressante do que isso.
A vida moderna, que se mostrou tão promissora para o desenvolvimento da individualidade, do gosto pessoal, da cultura subjetiva, enfrenta ainda outro desafio a atração exercida pela cultura objetiva, que iguala os homens e ofusca suas singularidades. A "vida do espírito", dos indivíduos urbanos enfrenta tensão entre a originalidade e os constantes convites para seguir os passos da civilização, fazendo o que todo mundo faz, gostando do que todo mundo gosta e tendo o que todo mundo tem. Haja nervos!
Georg Simmel argumentou em seus escritos que para lidar com novos estímulos e acelerações, com a intensificação da vida nervosa, os habitantes das grandes cidades desenvolveram um comportamento estranho ao mundo rural e á cidade pequena, a que chamou atitude de reserva.
Homens e mulheres urbanos para preservar sua sanidade mental, acabam se fechando, se protegendo dos estímulos exteriores, se distanciando das emoções cotidianas. Aprendem a se tornar indiferentes aquilo que não lhes diz respeito diretamente, a mergulhar em si mesmos, a prestar atenção apenas ao seu pequeno círculo de convívio. Imagine, por exemplo, se você tivesse de cumprimentar ou saber o nome de cada pessoa com que você cruza no caminho entre sua casa e sua escola. Se você mora em uma cidade  grande, isso é simplesmente inconcebível. Simmel descreve essa impossibilidade com as seguintes palavras: A vida na metrópole acelerada seria marcada portanto pelas pluralidade de experiências e pelo anonimato das interações.


 Questões:
1- Impressionado com a variedade de estímulos que moradores das cidades grandes do início do século XX tinham de enfrentar a cada dia, Georg Simmel analisou as habilidades que eles desenvolviam para lidar com essa situação. Comparando a época de Simmel com os dias de hoje, você acha que alguma coisa mudou?
2- Aponte outros exemplos que ajudam a refletir sobre esse processo de diferenciação e identificação entre os vários lugares dos planetas.
3- Quais seriam as vantagens e desvantagens de comportamento reservado dos indivíduos na sociedade moderna?

sábado, 1 de junho de 2013

Raios e relâmpagos...por profª Alcilene Rodrigues

Física

A

B

C

O Brasil é um país privilegiado, tratando-se da incidência de raios. Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) de 1993 indicam que, dos cerca de 3 bilhões de raios que caem anualmente na superfície da Terra, cerca de 100 milhões atingem terras brasileiras. Considerando que a área de nosso país representa pouco mais de 1,6% da superfície do globo, recebe todo ano, 3,3% dos raios gerados é de fato, um prodígio. Os raios formam-se no corpo dos cúmulos-nimbos, que são aquelas nuvens mais altas, escuras, que pairam a cerca de 4 km do solo e chegam a atingir 12 km de espessura.
Essas nuvens se caracterizam pela rapidez com que o ar quente e úmido sobe devido a diferença de densidade em relação ao ar frio presente na nuvem. A medida que sobe, a massa de ar se resfria rapidamente. Depois de atingir o topo da nuvem o ar recém-chegado começa a descer, pois esta agora mais frio. Nesse sobe e desce, as moléculas de água, algumas em formas de vapor, outras em forma de cristais de gelo de diferentes tamanhos, se chocam uma nas outras. Nos choques, elétrons são trocados, formando regiões eletrizadas. O topo da nuvem acaba ficando positivo e a parte mais baixa, por concentrar mais elétrons, se torna negativa. Como a tendência é sempre manter-se uma distribuição uniforme de cargas em um corpo, correntes de cargas podem aparecer em qualquer direção. Como a nuvem é um corpo fluido, não só os elétrons, mas também moléculas carregadas positivamente tem mobilidade. Por isso, sabe-se que existem raios negativos, quando são gerados na parte de baixa da nuvem, ou positivos, quando nascem nas partes mais altas. Esses últimos são os mais perigosos e destrutivos.
Existem raios " intranuvem " que podem conectar regiões positivas e negativas no corpo da própria nuvem, redistribuindo as cargas, como na foto A, podem ainda ocorrer raios " entre nuvens", transferindo cargas entre duas nuvens próximas como na foto C.
Em algumas situações, a tentativa de neutralização da carga da nuvem pode acontecer entre ela e um corpo próximos e teoricamente capaz de receber ou fornecer quanto elétrons forem necessários. Esse corpo é a Terra. Quando a descarga toma o rumo da Terra, alguns fatores podem tornar as condições ainda mais favoráveis. Qualquer protuberância no solo, como morros, árvores, prédios, postes, antenas, uma pessoa de pé, é o ponto mais provável de contato. Isso porque as cargas é ainda maior. Essa maior concentração de cargas nas superfícies pontiagudas, conhecidas por "poder das pontas", é o princípio no qual se baseia o funcionamento dos pára-raios.

Aprendendo
1- As diferenças de carga elétrica e campo elétrico estão intimamente ligadas.Com relação a uma carga elétrica e ao campo elétrico por ela gerado, afirma-se que:
I- o campo elétrico é uma propriedade da carga elétrica.
II- uma carga elétrica produz um campo elétrico que diminui ao longo tempo.
III- o campo elétrico altera as propriedades do espaço em torno da carga elétrica que o produz.
IV- o campo elétrico de uma determinada carga elétrica pode ser modificado com a proximidade de outra carga.
Estão corretas apenas as afirmações:
a) I e III
b) I e IV
c) I,III e IV
d) II,III e IV
e) I,II e III