terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Resumo dos contos Peter Pan e o Menino Maluquinho...profª Alcilene Rodrigues

Língua Portuguesa- Aula de Literatura Infantil
1ª aula

RESUMO: DO CONTO INFANTIL PETER PAN.


Peter Pan vive junto com sua fadinha chamada Sininho na Terra do Nunca. Uma vez, Peter saiu da Terra do Nunca e foi voar por aí e começou a escutar uma voz doce, a voz de uma menina que, contava uma história. Ele curioso, foi até a janela dessa menina e se apaixonou a primeira vista!

A menina linda se chamava Wendy, tinha cabelos castanho claro e olhos verdes. Ela tinha dois irmãos: João e Miguel. Peter se apresentou a eles e os convidou para dar uma volta. Os irmãos de Wendy não queriam ir, mas a irmã estava tão fascinada com aquilo tudo que foram para acompanhá-la.
E eles foram voando de mãos dadas com Peter Pan e encantados com aquilo tudo que estava acontecendo e não acreditando que eles estavam voando. Já para Peter, isso era a coisa mais normal do mundo. Wendy e seus irmãos conheceram a aldeia dos índios, avistaram o barco pirata e viram os meninos perdidos. Tudo isso de lá de cima. De repente, Capitão Gancho avista Peter Pan e seus novos amigos e manda canhões em direção a eles. Wendy neste momento quase foi atingida e se desequilibra e ameaça cair. Porém, Peter a segura, fazendo com que os dois se apaixonem cada vez mais. Peter, Wendy e seus irmãos conseguem fugir e vão se esconder na casa dos meninos perdidos. Eles moravam dentro de uma árvore oca e usavam roupas todas rasgadas. Se encantaram com Wendy e seu cheiro. Wendy vendo que eles nunca tinha tido contato com uma menina, começou a contar lindas histórias para eles.
Um belo dia, Capitão Gancho raptou a Princesa dos Índios. Todos se mobilizaram e Peter Pan a salvou do Capitão Gancho. O tempo passou e não satisfeito, o Capitão armou o plano de raptar desta vez os meninos perdidos e conseguiu! Os raptou e os levou para seu navio. Lá, ele os jogaria no mar para serem engolidos pelo crocodilo tic tac. Mas quando o pior iria acontecer, Peter Pan aparece e salva seus amigos. Ele luta valentemente contra o Capitão Gancho e vence a batalha.
Wendy então pede para voltar com seus irmãos para sua casa, pois seus pais poderiam estar preocupados. Peter Pan então os leva. Ao chegar na casa de Wendy, seus irmãos entram e ela fica para dar o último adeus a Peter Pan. Eles conversam e ela pergunta se ele não quer ficar ali com eles. Ele diz que não, pois a Terra do Nunca é a sua casa e lá ele não cresceria e poderia viver para sempre como criança. Ele se despede de Wendy e voa. Ela o observa pela janela, ocontemplando e pede bem baixinho que ele nunca deixe de olhar por ela.
BOA LEITURA!!!!!!!!

Resumo do livro: O menino Maluquinho

O livro conta a história de um menino muito feliz, esperto, inteligente, sapeca, agitado, animado, sorridente e de bem com a vida! A energia é tanta que as pessoas só o chamavam de “maluquinho”, mais precisamente, de “menino maluquinho”.
Ele tinha muitos coleguinhas, mas sabia quem eram seus amigos de verdade e de todos os momentos: o Bocão, Junin, Lúcio, Carol, Julieta e Nina. Foi com eles que o menino maluquinho passou os grandes momentos de sua infância. Maluquinho era muito querido por sua família. Não havia ninguém que não gostasse do menino: seja pelo jeito dele ou pela alegria que ele transbordava. Até mesmo quando aprontava na escola ou em casa, não havia brigas, mas sim risos. Maluquinho adorava ir para a fazenda de seu avô, lá tinha tudo o que ele mais queria: aventura. Uma certa vez, maluquinho levou seus amigos para a fazenda de seu avô e lá passaram por muitas aventuras!
Não tinha como ficar furioso com o menino maluquinho…Seu sorriso desarmava qualquer pessoa. A história do menino maluquinho retrata uma infância alegre, feliz, cheia de aventuras e principalmente saudável! Maluquinho inventava histórias e com elas, iam viajando junto. Maluquinho fazia poemas e saía declamando por toda a casa. Maluquinho era, de fato, maluquinho! Um maluquinho saudável que, ao meu ver, toda criança deveria ser. O livro conta a história de um menino que conseguia transformar o feio em bonito e o triste em alegre. O livro conta a história de um menino que via tudo através da fantasia e por isso era chamado de “maluquinho”, pois fazia da vida, o que ela é de verdade: um parque de diversões.
BOA LEITURA!!!!!!!!!


Questões:
A- Faça uma comparação de Peter Pan e Maluquinho.

B- O que os dois personagens tem em comum?

C-O que acontece com Peter Pan no final do conto?

D-O que acontece com o Maluquinho no final da estória?




terça-feira, 3 de novembro de 2015

Povoados,vilas e cidades...profª Alcilene Rodrigues

42ª aula de História do Brasil


Feitorias e vilas


Até a vinda de Martim Afonso de Sousa, os únicos núcleos existentes na costa brasileira eram as feitorias, com alguma fortificação para enfrentar os ataques dos índios e dos estrangeiros. Nessas feitorias ficavam alguns portugueses, encarregados de acumular os produtos da terra, principalmente pau-brasil, depois transportados para Portugal.
Foi Américo Vespúcio, que veio na segunda expedição exploradora, de 1503, quem fundou, já em 1504, a primeira feitoria na costa brasileira: a de Cabo Frio, onde ficaram vinte e quatro homens. Nos anos seguintes outras feitorias foram fundadas, principalmente no Nordeste, pois o pau-brasil era aí mais abundante e de melhor qualidade.
Com a criação das capitanias hereditárias foram fundadas vilas no Brasil. Apenas a primeira,  a de São Vicente, tinha sido criada alguns anos antes, em 1532, por Martim Afonso de Sousa. Quanto à povoação  de São Paulo, teve ela origem no colégio do mesmo nome criado, em 1534, pelo padre José de Anchieta, no planalto de Piratininga. Mais tarde se tornou vila e, em 1711, passou à categoria de cidade.
Ainda na capitania de São Vicente, durante o século XVI, foi fundada por Brás Cubas a Vila de Santos, que depois teve a aprovação de Tomé de Sousa.
Na capitania de Pernambuco ou Nova Lusitânia foram criadas pelo donatário, Duarte Coelho, as vilas de Olinda e Igaraçu.
Quando os holandeses ocuparam Pernambuco, transferiram a capital, até então em Olinda, para a povoação e porto do Recife, habitada por gente rude mas enriquecida no comércio. Depois da expulsão dos invasores, a capital voltou para Olinda mas Recife continuou a prosperar e por isso foi elevada à categoria de vila, o que provocou a inveja dos olindenses.
essa foi a causa da Guerra dos Mascates, pois mascates era o apelido que os habitantes de Olinda davam aos de Recife.
Outras vilas, criadas durante o século XVI, foram a de Porto Seguro, pelo donatário Pero do Campo Tourinho, e a de Conceição na capitania de Itamaracá.

As primeiras cidades
A primeira cidade do Brasil foi a do Salvador, fundada por Tomé de Sousa, em 1549, na baia de Todos os Santos, Para construí-la o governador- geral teve a ajuda dos jesuítas, chefiados pelo padre Manuel da Nóbrega, dos índios de Diogo Alvares, o Caramuru, e dos antigos colonos, que residiam na pequena Vila do Pereira e tinham vindo para o Brasil com o donatário Francisco Pereira Coutinho. Foram logo construídas as primeiras casas, como a do Governo e a do Colégio dos Jesuítas. Também foram levantadas as fortificações para a defesa da cidade contra o ataque dos índios e dos estrangeiros.
Ainda no governo de Tomé de Sousa, o papa , ao nomear o primeiro bispo para servir no Brasil, escreveu no decreto ou bula, em lugar de Salvador, o nome São Salvador. Por isso até hoje a capital da Bahia é conhecida pelos dois modos.
A 1º de março de 1565 Estácio de Sá fundou a segunda cidade do Brasil, a de São Sebastião do Rio de Janeiro, entre os morros de Pão de Açúcar e Cara de Cão. O lugar, porém, por estar situado entre elevações, não permitia o desenvolvimento, da cidade e, por isso , em 1567, Mem de Sá resolveu transferi-la para o morro de São Januário, que também se chamou do Castelo e foi depois demolido.
Até 1763 Salvador foi a capital do Brasil mas, nesse ano, o ministro português Marques de Pombal passou a sede da colonia para o Rio de Janeiro. A Atual, Brasilia, foi inaugurada a 21 de abril de 1960, durante o governo do presidente Juscelino Kubitschek.
A última cidade fundada no Brasil, no primeiro século da colonização, chamou-se Filipéia de Nossa Senhora das Neves, mais tarde Paraíba, e atualmente João Pessoa. Seu fundador foi Frutuoso Barbosa, empenhado na conquista da região dominada pelos potiguares. Esses índios eram amigos dos franceses e do chefe Tabajara, o bravo Piragibe.

Questionário:
a) Que era feitoria?
b) Que sabe sobre a primeira feitoria fundada no Brasil?
c) Onde foi fundada a primeira vila do Brasil?
d) Qual origem da primeira cidade de São Paulo?
e) Quem foi Brás Cubas?
f) Que era a Nova Lusitânia?
g) Quais as vilas fundadas por Duarte Coelho?
h) Que foi a Guerra dos Mascates?
i) Onde ficava a vila de Conceição?
j) Como foi fundada a primeira cidade do Brasil?
l) Que sabe sobre a fundação da cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro?
m) Quem foi o Marques de Pombal?
n) Que houve a 21 de abril de 1960?
o) Qual foi a ultima cidade fundada no primeiro século da colonização?
p) Quem foi Frutuoso Barbosa?










quinta-feira, 1 de outubro de 2015

O surgimento da filosofia na Grécia Antiga...por prof. Alcilene Rodrigues

 Historia Geral 

18ª aula 

A civilização da Grécia Antiga deixou marcas profundas no desenvolvimento das sociedades ocidentais. Cerca de 25 séculos depois, feitos daquela época ainda são referencia e servem de inspiração ou ponto de partida para outras reflexões. Isso se deve em grande à parte à filosofia, que surgiu a partir do século VI a. C, marcando de forma indelével o mundo que viria depois. A filosofia surgiu em contraposição á mitologia grega, que cumpria a função de dar significado ao universo, explicar o desconhecido, encontrar razões para o aparecimento inexplicável. Os deuses e os mitos eram agentes dessa explicação, desse porque encontrado para o mundo, e vinham ao encontro da profunda necessidade do grego de dar sentido a tudo que estava à sua volta.
Durante muitos séculos, os mitos cumpriram muito bem essa função. A partir de um determinado momento, porém, deixaram faze-lo. Narrado através de símbolos e histórias aparentemente ilógicas, o mito passou a ser pequeno diante da sede de conhecimento dos gregos.
Já a filosofia surgia com outra proposta. Ao contrário dos mitos, que narram como as coisas foram num passado imemorial, a filosofia se preocupava em explicar como e porque as coisas são. Além disso, a filosofia não admite argumentos incompreensíveis, exige explicações coerentes, lógicas e racionais.
Mas por que a filosofia surgiu justamente na Grécia? Há duas teorias a respeito. A primeira afirma que a origem da filosofia está ligada ao contato que os gregos tiveram com o Oriente. Vários pesquisadores são categóricos ao afirmarem que as grandes civilizações orientais mantiveram contato com as civilizações gregas e essas determinaram formas da vida social, da religião, das artes e das técnicas usadas pelos gregos.
Uma segunda teoria, no entanto, afirma que o surgimento da filosofia na Grécia se deve a uma espécie de milagre grego, ou seja,  aconteceu especificamente naquela região do mundo porque ela sofreu um grau de desenvolvimento, teve um  salto qualitativo sem precedentes na História, de tal modo que pode, enfim, criar a filosofia.
Segundo  a filósofa brasileira Marilena Chauí, no seu livro Introdução à história da filosofia, a expressão milagre grego, significa não só que, de modo absolutamente original e espontâneo, os gregos criaram a filosofia e a ciência gregas, mas sobretudo, os gregos criaram para o Ocidente a filosofia e a ciência, isto é, modos de pensar e de intervir sobre a realidade que permaneceram como um legado, imperecível para toda a posteridade ocidental.
 Enquanto o mito era essencialmente uma narrativa mágica, que tentava resolver no plano da imaginação tensões e conflitos sociais, a filosofia nasce como uma racionalização da narrativa mítica, superando-a e deixando-a como passado poético.
Por ter criado algo tão importante, a civilização da Grécia Antiga é vista com tanta veneração por muitos pesquisadores. Para eles, os gregos seriam  um povo iluminado, capaz de uni sensibilidade e intelecto, natureza e humano, forma e conteúdo, apto para conciliar os contrários, encontrar a medida certa de todas as coisas, inibir as paixões humanas e atuar conforme as normas da virtude. Eles seriam o povo da simplicidade racional, capaz de descobrir coisas com um pequeno número de princípios racionais. Por isso, criaram a filosofia, expressão da racionalidade, da simplicidade e da objetividade.
Segundo Nietzsche, filósofo alemão do século XIX, os gregos criaram a filosofia porque não tiveram medo do dilaceramento, da dualidade que habita o homem: ser generoso, mas também capaz de crueldades atrozes. As principais características dessa filosofia nascente são:
a) Racionalidade: a razão é usada como principal critério na busca da verdade. A razão (logos) está acima da experiência imediata e da fantasia mítica.

b) Busca de respostas: a solução de um problema deve ser sempre submetida à análise crítica, em vez de ser dogmaticamente aceita. Princípios lógicos; para se pesquisar um assunto, deve ser usado um pensamento  organizado, de modo que pensamento e discurso sejam aceitos como verdadeiros.
c) Investigação: para se responder aos problemas, deve-se usar a investigação e abrir mão das explicações preestabelecidas.
d) Generalização: as explicações encontradas pelo pensamento lógico devem ter um alcance geral.




Questões:
Uma das principais correntes filosóficas do período helenístico (séculos III e II a.C.) foi o Cinismo, cujo maior representante foi Diógenes. Os cínicos viviam de acordo com sua própria moral e desprezavam :

O quadro de Rafael, denominado Escola de Atenas, apresenta os filósofos da Antiguidade, tendo ao centro Platão e Aristóteles, reunidos no mesmo lugar e momento. A obra evidencia uma das características fundamentais do movimento cultural renascentista, que foi:
c) o hedonismo   
d) o individualismo 
e) o teocentrismo 






terça-feira, 1 de setembro de 2015

Gustav Hertz...por prof. Alcilene Rodrigues

Quem é?






Físico alemão, sobrinho de Heinrich Rudolf Hertz, que de 1911 a 1914, foi assistente na Universidade de Berlim. Durante esse período, Hertz e James Franck realizaram experimentos em colisões de elétrons inelásticos em gases, conhecidos como os experimentos de Franck-Hertz , e para o qual receberam o Prêmio Nobel de Física em 1925.
Esses experimentos confirmaram o modelo atômico quantizado de Bohr, demonstrando que os átomos poderiam de fato só absorvem quantidades específicas de energia (quanta).



Gustav Ludwig Hertz nasceu em Hamburgo em 22 de julho de 1887, filho de um advogado, Dr. Gustav Hertz, e sua esposa Auguste, née Arning. Ele frequentou a Escola Johanneum em Hamburgo antes de iniciar sua educação universitária em Göttingen, em 1906; Mais tarde estudou nas universidades de Munique e Berlim, graduando-se em 1911. Ele foi nomeado assistente de pesquisa no Instituto de Física da Universidade de Berlim, em 1913, mas, com o início da Primeira Guerra Mundial, ele foi mobilizado em 1914 e severamente ferido na ação em 1915. Hertz voltou a Berlim como Privatdozent em 1917. De 1920 a 1925 ele trabalhou em laboratório de física da Philips Lâmpada incandescente Fábrica em Eindhoven.



 Em 1925, ele foi eleito Professor Residente e Diretor do Instituto de Física da Universidade de Halle, e em 1928 ele retornou a Berlim como o diretor do Instituto de Física na Universidade Tecnológica de Charlottenburg. Hertz demitiu-se do cargo por razões políticas em 1935 para retornar para a indústria como diretor de um laboratório da Siemens Empresa de pesquisa. De 1945 à 1954, ele trabalhou como chefe de um laboratório de investigação na União Soviética, quando foi nomeado Professor e Diretor do Instituto de Física da Universidade Karl Marx, em Leipzig. Ele foi feito emérito em 1961, e desde então tem vivido na aposentadoria, pela primeira vez em Leipzig e mais tarde em Berlim.


Pesquisas iniciais de Hertz, para a sua tese, os estudos envolvidos na absorção de infravermelho de dióxido de carbono em relação à pressão e pressão parcial. Juntamente com J. Franck começou seus estudos sobre o impacto de elétrons em 1913 e antes de sua mobilização, ele passou muito trabalho paciente no estudo e mensuração dos potenciais de ionização em vários gases. Mais tarde, ele demonstrou as relações quantitativas entre a série de linhas espectrais e as perdas de energia de elétrons em colisão com átomos correspondentes aos estados de energia dos átomos estacionários. Seus resultados foram em perfeito acordo com a teoria de Bohr da estrutura atômica, que incluiu a aplicação da teoria quântica de Planck.

 Em seu retorno a Berlim em 1928, foi a sua primeira tarefa de reconstruir o Instituto de Física e restabelecer a escola, e ele trabalhou incansavelmente para este fim. Lá, ele foi responsável por um método de separação dos isótopos de néon por meio de uma cascata de difusão.

 Hertz publicou muitos artigos, por si só, com Franck, e com Kloppers, na troca de energia entre quantitativa elétrons e átomos, e na medição de potenciais de ionização. Ele também é o autor de alguns documentos relativos à separação de isótopos.

Gustav Hertz é membro da Academia Alemã de Ciências, em Berlim, e membro correspondente da Academia das Ciências de Göttingen; ele também é Membro Honorário da Academia Húngara de Ciências, Membro da Academia de Ciências da Checoslováquia, e membro estrangeiro da Academia de Ciências da URSS Ele é destinatário da Medalha Max Planck da Sociedade Alemã de Física.

 Professor Hertz casou-se em 1919, com Ellen née Dihlmann, que morreu em 1941. Eles tiveram dois filhos, ambos físicos: Dr. Hellmuth Hertz, professora da Escola Técnica em Lund, e Dr. Johannes Hertz, que trabalha no Instituto de Ótica e Espectroscopia da Academia Alemã de Ciências, em Berlim.

Desde 1943, Professor Hertz é casado com Charlotte, née Jollasse.


Gustav Hertz morreu no dia 30 de outubro de 1975

De Nobel Palestras, Física 1922-1941, Elsevier Publishing Company, Amsterdam, 1965

(Esta autobiografia / biografia foi escrita na época da concessão e publicado pela primeira vez na série do livro Les Prix Nobel. Mais tarde, foi editado e republicado em Palestras Nobel. Para citar este documento, sempre indicar a fonte, como mostrado acima.)



 Pontos para discussão e questões adicionais de acordo com a aula:
1. Determine a diferença de energia entre o estado fundamental e o primeiro estado excitado do
átomo de Hg usando os gráficos obtidos.
2. Observe as curvas obtidas com a variação da tensão de retardo. Aponte as diferenças e explique os resultados.
3. Faça o mesmo com as curvas obtidas com a variação de temperatura.
4. Estude o circuito utilizado (que vem desenhado na caixa de controle) para a aceleração dos
elétrons e trace o gráfico da tensão de aceleração X tempo. Qual é a constante de tempo do
circuito?
5. O gás de mercúrio é mantido à baixa pressão? O que ocorreria se fosse mantido à alta pressão?
6. Como seria a curva I X V se não houvesse o mercúrio?
7. Porque os picos obtidos não são abruptos, se a energia de transição é bem definida?
8. Discuta a questão do brilho azulado e da “ignição” do tubo.





sábado, 1 de agosto de 2015

Isaac Newton...por profª. Alcilene Rodrigues

 Física- Mecânica

Quem é?


Isaac Newton nasceu em 25 de dezembro de 1642, na casa senhorial de Woolshorpe, perto de Granthan, cerca de 150 quilômetros ao norte de Londres. Em junho de 1661, ingressou no Trinity College, em Cambridge.
A palavra college, em inglês, corresponde a faculdade, em português. A Universidade de Cambridge é, na realidade, uma associação de vários colleges, sendo  o Trinity o maior deles.
Newton obteve seu diploma em junho de 1665, mas suas grandes realizações matemáticas já haviam começado a nascer no início desse ano.
Logo após Newton ter obtido seu diploma, a universidade foi fechada por causa da peste bubônica, que estava se espalhando pela Inglaterra. Ele voltou então a Woolshorpe, onde ficou por quase dois anos. Essa época, segundo ele, foi extremamente fecunda para suas idéias. Foi durante esse período que brotaram várias idéias importantes que levariam à criação do Calculo Diferencial, à Lei da Gravitação e alguns resultados em Óptica.
Voltando a Cambridge, foi admitido como professor do Trinity College, em abril de 1667. A partir daí foi subindo na hierarquia universitária até assumir o cargo de professor catedrático, em 1669.
Um aperfeiçoamento que Newton efetuou no telescópio foi seu bilhete de entrada na Royal Society, em 1671. A Royal Society foi fundada em 1660, com patrocínio real (daí o nome Royal), reunindo os principais cientista da Inglaterra.
Em 1687, Newton publicou sua obra-prima, os Principia, e com isso sua fama atravessou fronteiras.
A partir de 1692, começou a passar por vários períodos de problemas emocionais e mentais, e, quando melhorou, em 1696, um amigo influente conseguiu sua nomeação para inspetor da Casa da Moeda. Desde então Newton não produziu nenhuma obra importante: as publicações posteriores eram antigos trabalhos que ainda não haviam sido editados.
Como inspetor, Newton empreendeu uma feroz perseguição aos falsários que infestavam a Inglaterra. Muitos foram presos e alguns enforcados. Com isso, foi promovido a Diretor da Casa da Moeda.
Em 1703, com a morte de seu rival Robert Hooke, Newton finalmente aceitou a presidência da Royal Society. Continuou como presidente e diretor da Casa da Moeda até sua morte, em 1727.


A primeira Lei de Newton
A primeira lei do movimento, apresentada por Newton, tem o seguinte enunciado:
Todo corpo continua em seu estado de repouso ou de movimento retilíneo uniforme, a menos que seja obrigado a mudar esse estado por forças aplicadas sobre ele.
Desse modo, se nenhuma força atua, sobre um corpo, estando ele em repouso, deverá permanecer em repouso. Para que o corpo sia do repouso, devemos aplicar sobre ele uma força. Se, depois de iniciado o movimento, retirarmos a força, o corpo deverá continuar em movimento retilíneo uniforme. Para Newton, os corpos possuem inércia, que consiste em poder resistir à mudança de seu estado de movimento. Isso significa que os corpos resistem à mudança de velocidade, isto é, para alterar a velocidade de um corpo é necessário aplicar uma força sobre ele. devido a essa concepção, a Primeira Lei de Newton é conhecida pelo nome de Lei da Inércia.
A Lei da Inércia nos diz como se comporta um corpo na ausência de forças, o que na realidade é uma situação ideal, pois na prática nunca encontramos um corpo totalmente livre da ação de forças. Porém, podemos encontrar situações em que existem forças atuando em um corpo, mas combinadas de modo que o resultado final seja nulo: assim,  tudo se passa como se não houvesse força alguma atuando no corpo.

Exercícios propostos:
1- Para Newton, os corpos possuem inércia. O que significa isso?
2- As estatísticas indicam que o cinto de segurança deve ser obrigatório para prevenir lesões mais graves em motoristas e passageiros no caso de acidentes. Fisicamente, a função do cinto está relacionado com que lei?
3- No arremesso de peso, um atleta gira um corpo rapidamente e depois o abandona. Se não houvesse influencia da Terra, a trajetória do corpo após ser abandonado pelo seu atleta seria:
a) circular
b) parabólica
c) curva qualquer
d) retilínea
e) espiral
4- Classifique como verdadeira ou falsas as seguintes afirmações:
a) Um corpo livre da ação de forças está certamente em repouso
b) Um corpo livre da ação de forças pode estar em movimento retilíneo uniforme
c) Um corpo livre da ação de forças está em repouso ou em movimento retilíneo uniforme.



domingo, 5 de julho de 2015

Totalitarismo e autoritarismo...por profª Alcilene Rodrigues

História e filosofia:

O avesso da democracia: Totalitarismo e Autoritarismo

Na história do mundo sempre existiram tiranias. Em virtude de privilégios, o faraó do Egito, o cesar romano e o rei cristão medieval apropriam-se do poder identificando-o com seu próprio corpo e se tornam intermediários entre os indivíduos e Deus, ou interpretes da Suprema Razão.
Identificado com determinada pessoa ou grupo, o poder personalizada não é legitimado pelo consentimento da maioria e depende do prestigio e da força dos que possuem. Trata-se da usurpação do poder, que perde o seu lugar público quando é incorporado na figura do governante.
Como exemplos atuais, vejamos a seguir os regimes totalitários e autoritários.
Regimes totalitários 
O totalitarismo, fenômeno político do século XX, mobilizou de modo surpreendente grandes segmentos da sociedade de diversos países. O totalitarismo de direita, conservador, ocorreu, por exemplo, na Alemanha nazista e na Itália fascista: o de esquerda, de orientação comunista, desenvolveu-se na União Soviética , na China e no Leste Europeu.

 Nazismo e Fascismo



  • O Nazismo alemão e o fascismo italiano apresentavam algumas características principais em comum:
  •  O Estado interferia em todos os setores: na vida familiar, econômica, intelectual, religiosa e no lazer. Nada restava de privado e autônomo, em todos, o Estado difundia a ideologia oficial.
  • Não havia pluralismo partidário, instituição básica da democracia liberal, o partido único rigidamente organizado e burocratizado, promovia a identificação entre o poder e o povo.
  • O partido criou vários organismos de massas, sindicatos de todos os tipos, agrupamentos de auxilio mútuo, associações culturais de trabalhadores de diversas categorias, organizações de jovens, crianças e mulheres, círculos de escritores, artistas e cientistas .
  • A disciplina era exaltada. e a figura do chefe mistificada
  • Os poderes Legislativo e Judiciário estavam subordinados ao Executivo.
  • O Estado concentrava todos os meios de propaganda: o objetivo era veicular a ideologia oficial às massas, forjando convicções inabaláveis e manipulando a opinião pública. Para garantir uma base de apoio popular, geralmente apelava aos sentimentos e à imaginação das pessoas, e não à razão.
  • A formação da policia politica (Gestapo, na Alemanha, Organização para a Vigilância e a Repressão ao Antifascismo, a Ovra, na Itália), controlando um enorme aparelho repressivo.
  • Campos de concentração e de extermínio, como o de Auschwitz, na Polônia.
  • Controle de informações por meio da censura, tanto de noticias quanto da produção artística. e cultural.
  • Na educação de crianças e jovens, valorização das disciplinas de oral e cívica, visando à formação do caráter, de força à pátria, dava-se atenção especial à educação física, tendo em vista o ideal de corpos perfeitamente sadios.
  • O nazismo alemão teve conotação fortemente racista e baseava-se em teorias supostamente cientificas para valorizar a raça ariana, ou seja, um grupo que se considerava mais puro e superior, composto de pessoas brancas, altas, fortes e inteligentes: assim, justificavam-se a perseguição e o genocídio de judeus, de ciganos, considerados raça inferior, e de homossexuais, que seriam degenerados.
As doutrinas totalitárias influenciaram outros governos: em Portugal, com o controle do poder por Oliveira Salazar, e na Espanha , com o general Francisco Franco. Sob alguns aspectos, também tiveram reflexos no movimento da Ação Integralista Brasileira, fundada por Plínio Salgado em 1932.

Stalinismo
Segundo Marx, na fase transitória entre o capitalismo e a nova ordem deveria instalar-se a ditadura do  proletariado, que desaparecia com o tempo.
Na realidade, porém, após a Revolução Russa de 1917, diante da intenção de evitar a contrarrevolução, o fortalecimento do Estado na União Soviética já se verificava no governo de Lênin e recrudesceu quando Joseph Stalin subiu ao poder, em 1924.
O totalitarismo stalinista teve diversas características semelhantes ao nazismo e ao fascismo, como o partido único onipotente, a ausência de liberdade de imprensa e de expressão, a perseguição aos políticos dissidentes, reprimidos pela Tcheka, a policia politica e campos de trabalhos forçados , os gulags.
O escritor dissidente Alexander Soljenitsin, da então União Soviética, costumava referir-se a Stalin como Egocrata ( do grego, poder do eu), o ser todo poderoso que apaga a distinção entre a esfera do Estado e da Sociedade civil. Sua atuação fez com que o partido, onipresente, se incumbisse de difundir a ideologia dominante em todos os setores de atividades. Desse modo, ao mesmo tempo que mobilizava as massas,o totalitarismo, seja de direita, seja de esquerda, destrói autonomia dos indivíduos, ao arregimenta-los baseando-se em uma ideologia imposta pelo terror, a fim de evitar a dissidência: a espionagem onipresente, quer seja pela policia politica, quer seja pela atmosfera de delação até no núcleo familiar, expõe as pessoas a uma vigilancia permanente e à ameaça de expurgo, prisão, deportação e morte.
Após a morte de Stalin (1953), teve início o processo de desestalinização, quando foram criticados o dogmatismo e o culto à personalidade e denunciados os crimes e violência do regime.

Regimes autoritários
Os regimes autoritários costumam ser identificados indevidamente com os governos totalitários. O que há de comum entre eles é que ambos cerceiam as liberdades individuais em nome da segurança nacional, recorrem à maciça propaganda politica, exercem a censura e dispõem de aparelho repressivo.
Nos regimes autoritários, porém, não há uma ideologia de base que sirva para a construção da nova sociedade, nem há mobilização popular que lhe dê suporte. Ao contrário, em vez de doutrinação politica e de incentivo ao engajamento ativista( inda  que dirigido), prevalece a despolitização, que leva à apatia politica. O clima de repressão violenta gera medo, desestimulando a atuação politica independente. Sempre que possível, os governos autoritários procuram manter a aparência de democracia, permitem a existência de partidos de oposição, mas que atuam apenas formalmente. Mesmo o partido do governo é mero apêndice do Poder Executivo. 
O governo autoritário também utiliza os militares na burocracia estatal, e a elite econômica conta com oficiais das forças armadas nos postos- chave. Os militares saem do quartel para integrar a instituição politica mais importante da nação. Foi o que aconteceu por ocasião do golpe militar de 1964, que impôs o regime autoritário no Brasil durante duas décadas. Na América Latina, outros países também passaram pela experiencia autoritária, como o Uruguai e a Argentina.

Revendo os conceitos:
1- Quais são as diferenças entre autoritarismo e totalitarismo?
2- Porque a censura é incompatível com a democracia?
3- Leia esta afirmação: "Os homens normais não sabem que tudo é possível". Observe esta fotografia ao lado.         
Redija um texto estabelecendo uma correlação entre a fotografia e a citação acima.




(Tropas nazistas ouvem discurso de Adolf Hitler na cidade de Nuremberg, na Alemanha em 1934)

terça-feira, 2 de junho de 2015

O paradoxo de Olbers: Por que o céu noturno é tão escuro?

2ª aula de Física
Heirich Wilhelm Olbers, nasceu em 1758 na pequena cidade de Arbergen, na Alemanha.Seus trabalhos como astrônomo incluem a elaboração de um novo método para a determinação das órbitas de cometas; a descoberta de 6 cometas, um dos quais leva seu nome; vários estudos sobre os planetas e a descoberta de 2 dos maiores asteroides: Palas e Vesta. Nada mal para um astrônomo de sua época!
Mas o que o tornou mais conhecido não foi a difícil observação dos asteroides ou os sistemáticos estudos dos planetas. Nem a descoberta de cometas ou seu elaborado método para calcular-lhes as órbitas. O que fez Olbers um nome conhecido até nossos dias entre os astrônomos foi uma singela pergunta que ele fez a si mesmo e para a qual nunca obteve uma resposta satisfatória: Por quê a noite é escura?
Afinal, se você mover o Sol duas vezes a distância atual para longe de nós, vamos interceptar um quarto dos muitos fótons que vem da nossa estrela mãe, mas a área de angular do Sol contra o fundo do céu irá também agora cair para um quarto do que era. Então, sua intensidade areal permanece constante. Com infinitamente muitas estrelas, cada elemento do plano de fundo de céu deve ter uma estrela, e o céu inteiro deveria ser pelo menos tão brilhante como uma estrela média, como o Sol.  
(Dizemos "pelo menos tão brilhante" porque as estrelas de um universo tão brilhante começaria a absorver o calor dos seus vizinhos. Para saber precisamente o que acontece quando uma estrela é aquecida, devemos considerar uma questão técnica de teorias termodinâmicas e nucleares. Não esperamos que essas estrelas se esfriem, mas também não contamos com o seu calor por tempo indefinido. O Paradoxo de Olbers originou-se antes que os físicos tivessem desenvolvido da teoria nuclear de como as estrelas brilham; assim, ele nunca preocupou-se com quantos anos as estrelas podem ter, e como os detalhes das suas transações de energia podem afetar seu brilho.) 
O fato do céu não ser tão brilhante como o Sol é chamado paradoxo de Olbers. Ele foi discutido desde Kepler em 1610 e também por Halley e Cheseaux no século XVIII; Mas não foi popularizado como um paradoxo até Olbers assumir a questão no século XIX. 
Há muitas explicações possíveis, que foram consideradas. Aqui estão algumas:
1.  Há muita poeira para se ver as estrelas distantes;
2.  O universo tem apenas um número finito de estrelas;
3.  A distribuição das estrelas não é uniforme. Então, por exemplo, poderia haver uma infinidade de estrelas. Elas se escondem atrás umas das outras para que apenas uma finita área angular seja aberta por elas;
4.  O Universo está se expandindo, então, as estrelas distantes estão avermelhado-se na obscuridade;
5.  O Universo é jovem. A luz distante ainda não chegou até nós.
A primeira explicação está simplesmente errada. Em um corpo negro, a poeira iria aquecer muito. Ela age como um escudo de radiação, exponencialmente, umedecendo a luz das estrelas distantes. Mas você não pode colocar bastante poeira no universo para se livrar de estrelas bastante brilhantes sem obscurecer também nosso Sol. Então, essa ideia é falha.A premissa da segunda explicação pode estar tecnicamente correta. Mas o número de estrelas, finitas como deveria ser, é ainda grande o suficiente para iluminar todo o céu, ou seja, a quantidade total de matéria luminosa do universo é muito grande para permitir essa fuga. O número de estrelas está perto o suficiente para o infinito com a finalidade de iluminar o céu. A terceira explicação pode estar parcialmente correta. Não sabemos. Se as estrelas são distribuídas fractalmente, então poderia haver grandes manchas de espaço vazio, e o céu poderia aparecer escuro exceto em pequenas áreas. 
Mas as duas possibilidades finais estão certamente corretas e em parte responsáveis. Existem argumentos numéricos que sugerem que o efeito da idade finita do universo é o maior de todos. Vivemos dentro de uma concha esférica de "Universo observável", que tem raio igual ao tempo de vida do universo. Objetos mais distantes com cerca de 13.8 bilhões anos de idade, estão muito longe para que sua luz nunca chegar até nós. 
Historicamente, o Hubble descobriu que o universo estava se expandindo, mas antes do Big Bang ser firmemente estabelecido pela descoberta da radiação cósmica de fundo, o Paradoxo de Olbers foi apresentado como prova da relatividade especial. Você precisava do desvio para o vermelho para livrar-se da luz das estrelas. Este efeito certamente contribui, mas a idade finita do universo é o efeito mais importante.




 Assista o vídeo




Referências: AP. J. 367, 399 (1991). O autor, Paul Wesson, é dito ser uma cruzada pessoal para acabar com a confusão em torno paradoxo de Olbers.

Escuridão à noite: um enigma do universo, Edward Harrison, Harvard University Press, 1987

Traduzido e adaptado de: Math

Questões de Física:

Pergunta 1: Se no espaço há bilhões e bilhões de estrelas dentro de galáxias e que por sua vez há bilhões de galáxias então por que o espaço é basicamente uma escuridão?

Resposta 1:

A única forma de "ver-se" algum objeto é fazendo com que, dele venha um raio de luz que atinja o seu olho. Você observa o céu porque ele difunde os raios de comprimento de onda curto (azuia) que vêm do Sol. Você é capaz de observar o Sol porque ele é uma fonte primária de luz, ou seja tem luz própria. Os demais objetos são observados por você devido à reflexão difusa dos raios de luz. No espaço, como predomina o vácuo (não há gases como na atmosfera), "vê-se" a escuridão. apenas os locais em que há objetos (asteroides, planetas, poeira) é possível observar o fenômeno da reflexão difusa e, assim, haverá a chegada dos raios à sua retina.
Resposta de: Douglas Gomes, uece, Fortaleza - CE

Resposta 2:
Oi Fernando,
Essa sua pergunta é conhecida - tecnicamente - como "Paradoxo de Olbers" e essa pergunta pode ser encontrada na história até 1610, na época de Kepler! Além do que você disse, outra propriedade de um céu homogeneamente iluminado é: a gente teria a impressão de estar no centro de um corpo negro (oco) a uma temperatura de 6.000 graus centígrados!!! Existem várias respostas passeando por aí... mas, as realmente corretas são uma combinação dessas três aqui:
(1) A distribuição das estrelas não é uniforme. (Então, por exemplo, poderia haver um número bem grande - infinito - de estrelas, mas umas atrás das outras, de tal forma que apenas um pedaço delas é vista.);
(2) O Universo está em expansão. (Então, estrelas distantes são "desviadas para o vermelho" até desaparecerem. Esse é um efeito completamente relativístico!);
(3) O Universo é ***Jovem***!!! (A luz mais distante ainda não nos alcançou! =;)
O Universo que a gente vê, tem 15 bilhões de anos, ou seja, toda a luz que chega até nós vêm (no máximo) de uma esfera com um raio igual a idade do Universo, i.e., 15 bilhões de anos-luz!!! Isso é tudo que a gente pode ver! Então, o que quer que seja que está mais distante do que isso, _não_ pode ser visto!!! Pelo menos não até hoje... =;)

Resposta de: Daniel Doro Ferrante - Brown University - USA

Resposta 3:
Vou responder a sua pergunta explicando melhor o paradoxo citado na resposta número 2. O Paradoxo de Olbers: O enigma da escuridão da noite. Uma das constatações mais simples que podemos fazer é que o céu é escuro, à noite. É estranho que esse fato, sobre o qual ninguém em sã consciência colocará qualquer dúvida, e que à primeira vista parece tão compreensível para qualquer pessoa, tenha dado tanto o que pensar durante tanto tempo. Aparentemente a primeira pessoa que reconheceu as implicações cosmológicas da escuridão noturna foi Johannes Kepler (1571-1630), em 1610. Kepler rejeitava veementemente a idéia de um universo infinito recoberto de estrelas, que nessa época estava ganhando vários adeptos principalmente depois da comprovação por Galileu Galilei de que a Via Láctea era composta de uma miríade de estrelas, e usou o fato de que o céu é escuro à noite como argumento para provar que o universo era finito, como que encerrado por uma parede cósmica escura. A questão foi retomada por Edmund Halley (1656-1742) no século XVIII e pelo médico e astrônomo Heinrich Wilhelm Mattäus Olbers (1758-1840) em 1826, quando passou a ser conhecida como paradoxo de Olbers. O problema é o seguinte: suponha que as estrelas estejam distribuídas de maneira uniforme em um espaço infinito. Para um observador em qualquer lugar, o volume de uma esfera com centro nele aumentará com o quadrado do raio dessa esfera (dV = 4R2 dr). Portanto, à medida que ele olha mais longe, vê um número de estrelas que cresce com o quadrado da distância. Como resultado, sua linha de visada sempre interceptará uma estrela seja lá qual for a direção que ele olhe. Como o brilho das estrelas cai com o quadrado da distância, enquanto o número de estrelas aumenta com o quadrado da distância, o céu em média deveria ser tão brilhante quanto a superfície de uma estrela média, pois estaria completamente coberto delas. Mas obviamente não é isso que vemos, e portanto o raciocínio está errado. Por que? Algumas propostas de solução: 1. A poeira interestelar absorve a luz das estrelas. Foi a solução proposta por Olbers, mas tem um problema. Com o passar do tempo, à medida que fosse absorvendo radiação, a poeira entraria em equilíbrio térmico com as estrelas, e passaria a brilhar tanto quanto elas. Não ajuda na solução. 2. A expansão do universo degrada a energia, de forma que a luz de objetos muito distantes chega muito desviada para o vermelho e portanto muito fraca. MAis sobre o assunto pode ser visto na página : http://astro.if.ufrgs.br/univ/univ.htm
Resposta de: Alisson Soares Garcia

COMENTÁRIO:
Caros leitores,li as respostas de meus colegas,achei todas corretas e bem fundamentadas,mas gostaria de contribuir com alguns detalhes fundamentais que acrescentariam ainda mais na elucidação da questão levantada: -Vista de muito longe,uma estrela pode parecer um corpo puntiforme,assim como vemos uma lâmpada acesa no meio da escuridão,muito distante.Sendo assim,a energia luminosa irradiada por essa estrela se espalha segundo sucessivas superfícies esféricas,cujas áreas aumentam proporcionalmente ao quadrado dos raios das respectivas esferas;em outras palavras:a energia irradiada num certo intervalo de tempo escapa da estrela à velocidade da luz e vai se diluindo esfericamente,de maneira que,a distâncias muito grandes,a densidade de energia(potência por área,watts por metro quadrado) se torna tão insignificante que mesmo detectores ultrasensíveis não são capazes de registrar radiação alguma.Uma experiência extremamente interessante foi realizada pelo telescópio Hubble:a pedido de uma comissão internacional de renomados astrônomos,o telescópio espacial teve sua posição alterada,de maneira que ficasse 10 dias posicionado em direção à região mais escura do céu,donde quase nenhuma radiação luminosa até então tinha sido captada.Para a mais absoluta satisfação desses cientistas,o que se obteve foi uma foto colorida de longa exposição,donde se pode contar um número muito grande de galáxias:espirais,elipsóides,achatadas,difusas,amarelas,vermelhas,azuladas...Tive acesso a uma cópia dessa foto quando cursei uma disciplina de astronomia,na UFRGS.Isso significa que,para onde quer que olhemos,haverá corpos celestes,muitos dos quais não conseguimos enxergar pelas razões expostas nessa e nas outras respostas
Comentário de: Maíra


Pergunta 2:
- Se o fóton tem um tempo de vida infinito e como há sempre uma estrela seja qual for a direção para onde se olhe, não devia o céu à noite ser completamente branco e luminoso? Porque é que é escuro?
Resposta:
- O fóton não tem um tempo de vida infinito! Ele viaja pelo espaço à velocidade da luz, desde a sua criação, e é absorvido ao gerar uma imagem sobre um sensor ou nos nossos olhos. Como é uma partícula elementar, não pode ser "vista". Ele é a própria luz!
O astrônomo alemão Wilhelm Mathaeus Olbers (1758-1840) apresentou em 1826 uma teoria que postulava:
- o universo tem extensão infinita
- as estrelas são em número infinito
- as estrelas estão espalhadas uniformemente pelo espaço
- o brilho das estrelas é uniforme.
Daí concluiu que o fundo do céu deveria ser totalmente brilhante.
Esta teoria ficou conhecida como o Paradoxo de Olbers.
Como o céu não é brilhante, pode deduzir que:
- ou o universo não é infinito
- ou as estrelas não são em número infinito
- ou não estão uniformemente espalhadas pelo espaço.
- ou seu brilho não é uniforme.
Mais tarde Herschel conseguiu demonstrar que as estrelas se concentravam em grupos, aglomerados e galáxias.
Immanuel Kant (1724-1804) filosoficamente havia sugerido a existência dos universos-ilhas. Estas idéias foram consideradas como ficção científica até que os grandes telescópios revelaram a existência das galáxias.
Além disso, agora sabemos que o espaço interestrelar não está vazio, e contém uma grande massa de matéria escura, talvez muito maior que a massa da matéria brilhante que podemos ver.