quinta-feira, 1 de outubro de 2015

O surgimento da filosofia na Grécia Antiga...por prof. Alcilene Rodrigues

 Historia Geral 

18ª aula 

A civilização da Grécia Antiga deixou marcas profundas no desenvolvimento das sociedades ocidentais. Cerca de 25 séculos depois, feitos daquela época ainda são referencia e servem de inspiração ou ponto de partida para outras reflexões. Isso se deve em grande à parte à filosofia, que surgiu a partir do século VI a. C, marcando de forma indelével o mundo que viria depois. A filosofia surgiu em contraposição á mitologia grega, que cumpria a função de dar significado ao universo, explicar o desconhecido, encontrar razões para o aparecimento inexplicável. Os deuses e os mitos eram agentes dessa explicação, desse porque encontrado para o mundo, e vinham ao encontro da profunda necessidade do grego de dar sentido a tudo que estava à sua volta.
Durante muitos séculos, os mitos cumpriram muito bem essa função. A partir de um determinado momento, porém, deixaram faze-lo. Narrado através de símbolos e histórias aparentemente ilógicas, o mito passou a ser pequeno diante da sede de conhecimento dos gregos.
Já a filosofia surgia com outra proposta. Ao contrário dos mitos, que narram como as coisas foram num passado imemorial, a filosofia se preocupava em explicar como e porque as coisas são. Além disso, a filosofia não admite argumentos incompreensíveis, exige explicações coerentes, lógicas e racionais.
Mas por que a filosofia surgiu justamente na Grécia? Há duas teorias a respeito. A primeira afirma que a origem da filosofia está ligada ao contato que os gregos tiveram com o Oriente. Vários pesquisadores são categóricos ao afirmarem que as grandes civilizações orientais mantiveram contato com as civilizações gregas e essas determinaram formas da vida social, da religião, das artes e das técnicas usadas pelos gregos.
Uma segunda teoria, no entanto, afirma que o surgimento da filosofia na Grécia se deve a uma espécie de milagre grego, ou seja,  aconteceu especificamente naquela região do mundo porque ela sofreu um grau de desenvolvimento, teve um  salto qualitativo sem precedentes na História, de tal modo que pode, enfim, criar a filosofia.
Segundo  a filósofa brasileira Marilena Chauí, no seu livro Introdução à história da filosofia, a expressão milagre grego, significa não só que, de modo absolutamente original e espontâneo, os gregos criaram a filosofia e a ciência gregas, mas sobretudo, os gregos criaram para o Ocidente a filosofia e a ciência, isto é, modos de pensar e de intervir sobre a realidade que permaneceram como um legado, imperecível para toda a posteridade ocidental.
 Enquanto o mito era essencialmente uma narrativa mágica, que tentava resolver no plano da imaginação tensões e conflitos sociais, a filosofia nasce como uma racionalização da narrativa mítica, superando-a e deixando-a como passado poético.
Por ter criado algo tão importante, a civilização da Grécia Antiga é vista com tanta veneração por muitos pesquisadores. Para eles, os gregos seriam  um povo iluminado, capaz de uni sensibilidade e intelecto, natureza e humano, forma e conteúdo, apto para conciliar os contrários, encontrar a medida certa de todas as coisas, inibir as paixões humanas e atuar conforme as normas da virtude. Eles seriam o povo da simplicidade racional, capaz de descobrir coisas com um pequeno número de princípios racionais. Por isso, criaram a filosofia, expressão da racionalidade, da simplicidade e da objetividade.
Segundo Nietzsche, filósofo alemão do século XIX, os gregos criaram a filosofia porque não tiveram medo do dilaceramento, da dualidade que habita o homem: ser generoso, mas também capaz de crueldades atrozes. As principais características dessa filosofia nascente são:
a) Racionalidade: a razão é usada como principal critério na busca da verdade. A razão (logos) está acima da experiência imediata e da fantasia mítica.

b) Busca de respostas: a solução de um problema deve ser sempre submetida à análise crítica, em vez de ser dogmaticamente aceita. Princípios lógicos; para se pesquisar um assunto, deve ser usado um pensamento  organizado, de modo que pensamento e discurso sejam aceitos como verdadeiros.
c) Investigação: para se responder aos problemas, deve-se usar a investigação e abrir mão das explicações preestabelecidas.
d) Generalização: as explicações encontradas pelo pensamento lógico devem ter um alcance geral.




Questões:
Uma das principais correntes filosóficas do período helenístico (séculos III e II a.C.) foi o Cinismo, cujo maior representante foi Diógenes. Os cínicos viviam de acordo com sua própria moral e desprezavam :

O quadro de Rafael, denominado Escola de Atenas, apresenta os filósofos da Antiguidade, tendo ao centro Platão e Aristóteles, reunidos no mesmo lugar e momento. A obra evidencia uma das características fundamentais do movimento cultural renascentista, que foi:
c) o hedonismo   
d) o individualismo 
e) o teocentrismo