sábado, 3 de junho de 2017

A Grande Depressão...profª Alcilene Rodrigues


Historia e Sociologia


A Grande Depressão


20ª aula  

A Grande Depressão foi um período de recessão econômico que teve inicio em 1930. Considerado o pior e mais longo período de recessão do século XX, caracterizou-se por altas taxas de desemprego e quedas drásticas na produção industrial, no preço das ações e no Produto Interno Bruto de diversos países. A Grande Depressão foi um evento durante o qual a economia dos EUA passou por uma violenta recessão após a quebra da Bolsa de Nova York. Nesse contexto, as empresas produziram em quantidades que não equivaliam ao poder de compra do mercado e, por esta razão, tiveram que abaixar o preço dos produtos e despedir milhares de trabalhadores. No mercado externo, a Grande Depressão pôde ser sentida nas nações europeias que dependiam fortemente dos recursos financeiros emprestados pela economia norte-americana. A partir da crise, os governos europeus também foram vitimados pelo retrocesso da economia dos Estados Unidos da América.
Embora os Estados Unidos já estivessem atravessando um período de dificuldades, foi no dia 24 de outubro de 1929 que a Grande Depressão começou. Nesse dia conhecido  como Quinta-Feira Negra, as Bolsas de Valores de Nova York caíram drasticamente, levando milhares de pessoas a perder grandes quantidades de dinheiro, ou até mesmo tudo o que tinham.
Os efeitos da Grande Depressão foram sentidos no mundo inteiro, mas de forma diferente em cada lugar. Países como os Estados Unidos, o Canadá, e o Reino Unido foram duramente atingidos e sofreram grandes prejuízos econômicos e sociais.
No liberalismo econômico clássico a economia é pensada como um organismo capaz de se autorregulamentar, capaz de conceber as alternativas que a levariam ao equilíbrio. Sob tal aspecto, a intervenção do Estado é vista de modo negativo, tendo em vista que essa interferência impediria que a economia viesse a se desenvolver mais e mais. Em contrapartida, o New Deal abandona essa visão autorreguladora da economia ao acreditar que a intervenção do governo seja necessária para que os desequilíbrios do sistema econômico não venham a causar prejuízos que afetem toda a sociedade.
Já no Brasil, o período da Grande Depressão correspondeu a uma época de industrialização acelerada. As implicações da Depressão na economia brasileira foram bastante significativas. O descontrole da economia norte-americana reduziu drasticamente os lucros obtidos com a exportação do café. Por esse mesmo motivo, vários setores do comércio e da indústria também foram obrigados a fechar postos de trabalho, tendo em vista que também dependiam dos lucros do café para ampliarem.
Politicas de combate à Grande Depressão foram implementadas em diversos países. Os pontos principais dessas politicas eram a intervenção do governo na economia e os programas de ajuda social, como foi o caso do New Deal americano. Foi a partir dai que se construiu o chamado Estado de Bem-Estar Social. Em alguns  países, a Grande Depressão foi um dos fatores que contribuíram para a ascensão de governos de extrema direita, como o governo nazista da Alemanha.Os efeitos da Crise de 1929 não foram sentidos na União Soviética tendo em vista que o país se encontrava em um modelo econômico restrito aos países que integravam o bloco dos países socialistas. Através dos chamados planos quinquenais, Stálin orientava o modelo de desenvolvimento da economia por meio de metas que se renovavam a casa período de cinco anos.
Assimilando Conceitos:
1-A Grande Depressão eclodiu num mundo otimista que parecia caminhar na direção de uma prosperidade permanente. Ela iniciou-se com o crack da bolsa de Nova York em outubro de 1929, afetando todas as atividades econômicas dos Estados Unidos e se propagando através do mundo.
a) Caracterize a Grande Depressão e indique o motivo pelo qual seus efeitos foram sentidos em diversas regiões do mundo.
b) Indique uma consequência da Grande Depressão para a economia brasileira.

2-Entre os fatores que ocasionaram a crise de 1929 nos EUA destaca(m)-se:
a) o protecionismo rígido, a escassez de crédito bancário e a superprodução.
b) a saturação do mercado, a crise na agricultura e o crash da bolsa de Nova York.
c). a superprodução, a saturação do mercado e a expansão desmedida do crédito bancário.
d) a adoção de programas de construção de obras financiadas pelo Estado para minorar o desemprego.
e) a excessiva oferta de terras e o protecionismo rígido.

 3-NÃO pode ser considerado(a) consequência da crise econômica de 1929:
a) a retração do comércio internacional e da produção industrial, bem como a queda do preço das matérias-primas.
b) o crescimento do desemprego na Alemanha, país cuja economia era baseada na exportação de produtos industrializados.
c). o crescimento econômico da União Soviética baseado na Nova Política Econômica (NEP).
d) a eleição de Franklin Delano Roosevelt para a presidência dos Estados Unidos, com um programa de recuperação econômica.
e) o crescimento eleitoral do Partido Nazista na Alemanha.


4-Em 1929, a Bolsa de Valores de Nova York quebrou.  As ações se desvalorizaram drasticamente; os estoques de cereais se acumularam; os preços dos produtos baixaram.  Fazendeiros faliram.  As grandes indústrias diminuíram fortemente a produção; as médias e pequenas fecharam.  Grandes massas de trabalhadores ficaram desempregadas.  O Estado, essencialmente liberal, não intervinha na produção e o mercado sozinho não controlava a crise.  Para controlar a crise, Franklin Delano Roosevelt, democrata eleito presidente em 1932, lançou um programa de reconstrução nacional, o New Deal, cuja meta era promover reformas profundas na sociedade norte-americana. Baseando-se no texto, responda: Qual a diferença entre o liberalismo econômico clássico e o New Deal?

5- Faça um pequeno parágrafo explicando por que a União Soviética não sentiu os problemas gerados pela Crise de 1929.



                                                      Pois é, os ricos também choram:

   


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