segunda-feira, 25 de junho de 2012

As revoltas do período regencial...por profª Alcilene Rodrigues

27ª aula (parte I)
Política interna do Segundo Reinado
Eclodiram várias revoltas no período regencial. Essas revoltas tinha caráter separatista, por isso trouxeram o perigo de fragmentação do país. As principais foram:

A CABANAGEM OU A REVOLTA DOS CABANOS
 Na cidade de Belém do Pará, entre 1835 a 1840, tivemos a Revolta dos Cabanos. Este nome originou-se do fato de que a maioria dos rebeldes moravam em cabanas. Os cabanos exigiam a destituição das autoridades que ainda eram fiéis a D.Pedro I. 
Após uma série de lutas, conseguiram tomar o poder local, mas não puderam conservá-lo, sendo derrotados em 1840.
Esse movimento é bastante importante, pois é o único em que a classe baixa tomou o poder político.
 A Cabanagem no Pará, teve o seu povo na direção.

A SABINADA
Liderada pelo médico Sabino da Rocha Vieira, estourou na Bahia a revolta chamada Sabinada.
Os revoltosos pretendiam implantar uma República naquela Província. República provisória, pois quando D. Pedro de Alcântara chegasse ao trono a Província seria reintegrada ao Brasil. Após o bloqueio de Salvador, em 1838, a revolta foi sufocada. 
                                            
Nesse momento mais uma revolta estourava no país, a Sabinada, dessa vez na Província da Bahia. 


A BALAIADA
O movimento revolucionário que agitou o Maranhão, durante a Regência de Araújo Lima, e chegou até o Segundo Reinado, chamou-se Balaiada porque seu chefe, Manuel Francisco dos Anjos Ferreira, tinha o apelido de Balaio, devido a sua profissão de fabricante de balaios. Os rebeldes também se chamavam bem-te-vis, nome do jornal revolucionário O bem-te-vi . Para combatê-los, foi enviado ao Maranhão Luis Alves de Lima, futuro Duque de Caxias, que tinha também o cargo de presidente dessa província.
Quando Luis Alves de Lima chegou ao Maranhão, em fevereiro  de 1840, já os revoltosos se haviam apoderado da Vila de Caxias. Para vencê-los, teve que dividir seu exército, chamado Divisão Pacificadora do Norte, em três colunas. Um dos chefes rebeldes, o vaqueiro Raimundo Gomes, internou-se no Piauí, o Balaio morreu lutando na Vila de Caxias e o preto Cosme, outro rebelde, foi julgado e condenado à forca, não como revolucionário, mas pelos muitos crimes cometidos.
Foi o preto Cosme a figura mais curiosa da revolução: comandava escravos fugidos e fazia proclamações revolucionarias, onde punha sempre, como assinatura, o seguinte título: "D. Cosme, Tutor e Imperador das Liberdades Bem-te-vis"
Em recompensa aos serviços prestados no Maranhão, Luis Alves de Lima recebeu do Imperador o título de Barão de Caxias.
                                           
                              
Balaiada: levante de escravos, artesãos e trabalhadores livres do Maranhão.  

                                         
A GUERRA DOS FARRAPOS OU A REVOLUÇÃO FARROUPILHA
Durante o Império o Rio Grande do Sul chamava-se Província de São Pedro do Rio Grande do Sul. Nessa província eram numerosos os liberais exaltados, quase todos federalistas, pois queriam a federação, isto é, ampla autonomia para as províncias, havia também muitos republicanos. Os adversários dos farroupilhas eram os liberais moderados, que ocupavam o governo da província, durante a Regência Trina Permanente. Nessa ocasião, em setembro de 1835, começou a Guerra dos Farrapos. Os revoltosos apoderaram-se de Porto Alegre e o governo legal, nomeado pela Regência, teve que se refugiar na cidade do Rio Grande.
O padre Diogo Antonio Feijó, que havia acabado de tomar posse, como Regente único, não pode enviar tropas para o Sul, porque estava preocupado com a Cabanagem no Pará. Contudo, no combate da Ilha de Fanfa foi derrotado e preso o chefe dos farroupilhas, Bento Gonçalves da Silva.Em compensação, os revoltosos, comandados por Antonio Neto, venceram em Seival e proclamaram, logo depois, na Vila de Piratini, a República Rio-Grandense. Para presidente foi escolhido o chefe da revolução, Bento Gonçalves da Silva, que , preso no Forte do Mar, na Bahia, daí conseguiu fugir em 1837.
Em 1839, os farroupilhas invadiram a Província de Santa Catarina. Eram chefiados por David Canabarro e pelo italiano José Garibaldi. Os revoltosos apoderaram-se da Vila da Laguna e fundaram a República Juliana, que durou apenas 4 meses, pois a província foi retomada pelas tropas legalistas.
Em 1840, logo depois da maioridade, o governo imperial decretou a anistia, mas a farroupilhas preferiram continuar na luta. Em 1842, foi indicado para pacificar o Rio Grande, Luis Alves de Lima, Barão de Caxias.
Derrotados em Ponche Verde e em outros combates menores, os revoltosos, já em fins de 1844, estavam reduzidos a pequenos grupos. Também nessa ocasião havia séria ameaça de guerra entre o Brasil e Argentina, onde governava o ditador Rosas, Ante essa ameaça os brasileiros deveriam estar unidos e, por isso, David Canabarro, que havia substituído Bento Gonçalves, na chefia da revolução, resolveu aceitar a paz oferecida por Caxias.
                                 
                               A Proclamação da República de Piratini. 


Seus principais líderes foram:
  • Bento Gonçalves
  • David Canabarro
  • Giuseppe Garibaldi    
                                                     Giuseppe Garibaldi

A pacificação da revolta ocorreu somente em 1º de março de 1845, quando foi assinado o armistício por Caxias e Canabarro.
O armistício, concedia diversas vantagens aos revoltosos, pois:
  • dava aos oficiais farrapos o direito de ingressar no exército brasileiro, com todas as promoções .
  • concedia liberdade aos escravos que, como soldados ao lado dos rebeldes, haviam lutado pela revolução.

Questionário:
1- Qual o líder da Balaiada?
2--Qual a causa da Revolta dos Cabanos?
3- Quais os líderes da Guerra dos Farrapos?
4- Quem foi o pacificador da Guerra dos Farrapos?
5- Quando terminou a Guerra dos Farrapos
6- Quais as condições estabelecidas para o acordo entre Caxias e os farroupilhas?
7- O que pretendiam os revoltosos da Sabinada?


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