quinta-feira, 23 de maio de 2013

Max Weber....por profª Alcilene Rodrigues

Apresentado: 
Max Weber, nascido em Erfurt, 21/04/1864 e faleceu em Munique em 14/06/1920, foi um sociólogo, economista e historiador alemão. É considerado, ao lado de Karl Marx e Émile Durkheim, um dos fundadores da sociologia. Vivenciou a unificação da Alemanha e, já no fim da vida, a Primeira Guerra Mundial. Serviu como conselheiro junto aos negociadores alemães do Tratado de Versalhes e junto à Comissão encarregada de elaborar a Constituição de Weimar. Sua obra foi influenciada pelo pensamento social alemão, e um dos autores que o marcaram foi Georg Simmel. Tratou de temas diversos (burocracia, legitimidade, dominação e autoridade, entre outros) casos das religiões ocidentais, judaísmo, islamismo e cristianismo, com religiões milenaristas orientais - hinduísmo, budismo, taoísmo e xintoísmo, estimularam sua imaginação e se transformaram em tema de vários de seus estudos.
O método comparativo, a flexibilidade no tratamento dos conceitos e a busca do sentido que os atores atribuem, as suas ações são traços característicos da metodologia weberiana.
Em sua vasta  produção intelectual destacam-se os livros: A ética protestante e o espírito do capitalismo, publicado pela primeira vez em 1904,1905, e reeditado com sua revisão em 1920, pouco depois de sua morte, e Economia e sociedade, também publicada postumamente em 1925.
                                      Max Weber e seus irmãos em 1879

Recapitulando Max Weber
As inovações tecnológicas tomaram conta do mercado moderno. Se por um lado, fascinavam, por outro provocavam desconfianças. Suas promessas de tornar a vida mais pratica e dar mais eficiência ao trabalho contribuíram para alterar a mentalidade dos indivíduos.
O que chamou atenção de Max Weber não foram as novas tecnologias em si, mas de que maneira elas ajudaram a criar novas atitudes e nova formas de pensar, que por sua vez foram essenciais para consolidar o sistema capitalista. Uma invenção simples como o relógio mecânico deslocou o referencial de contagem tempo, baseado na natureza nas horas litúrgicas e no trabalho doméstico, para o tempo produtivo regido pelo contrato de trabalho entre patrão e empregado. A partir daí foram desenvolvidas técnicas de controle e de medição do tempo gasto na produção- o relógio de ponto é um exemplo. 
Um outro aspecto que chamou a atenção de Weber na formação da mentalidade capitalista foi a Reforma Protestante. A partir dela surgiram diversas seitas cristãs dissidentes da Igreja Católica que estimularam os fiéis a serem diligentes no trabalho, a evitarem o ócio e a usarem o tempo em atividades para a glória de Deus. Entre os protestantes, a fé não ficava reservada às práticas dominicais ou aos que se internavam em mosteiros. Ela era confirmada no cotidiano pelo comportamento do fiel. Essa nova fé contribuem para a difusão da disciplina do trabalho, tão valorizada pelo sistema capitalista.
Essas mudanças: tempo controlado, novas máquinas e contrato de trabalho, não se concretizaram sem que houvesse resistências tanto por parte dos trabalhadores quanto dos empregadores. Um elemento que contribuiu para sedimenta-las é o que Weber chamou de racionalidade. Para sobreviver ou prosperar, os indivíduos modernos tiveram de aprender a calcular ações a fazer as melhores escolhas. Isso significa que a racionalidade passou a estar presente na vida do individuo comum moderno. Mas ela também foi impulsionada pelo desenvolvimento do pensamento científico. 
 A ciência foi a mola propulsora da racionalidade ao desencartar o mundo. Tudo o que a fé religiosa entendia como intocável e sagrada a ciência profanou, investigando, inquirindo a desvendando mistérios. Assim, a racionalidade científica funda os tempos modernos quando dissolve a noção de verdade absoluta e propõe um controle prático da natureza (através de técnicas) segundo os objetivos estipulados pelos próprios homens. Ela não se propõe a fornecer regras morais, nem oferecer novas visões do mundo para orientar a vida em sociedade. Para Weber, a ciência é um campo autônomo , separado da religião e da política- terrenos dos profetas e dos demagogos.
Mas Weber é o primeiro a nos advertir: A ciência nunca chega a resolver todas as dúvidas e jamais responderá a questões fundamentais, como: qual o sentido da vida? ou porque devo fazer o bem? E mesmo aquelas questões que ela pretende investigar não tem respostas definitivas. Outras aparecem desafiando a imaginação e inquietando os espíritos. A ciência vive de ultrapassar barreiras mesmo sabendo que encontrará outras maiores e as vezes piores. A cada  passo que dá, se depara com a certeza de que muitos ainda nem sequer foram identificados.
                                      Max Weber com Ernest Toller em 1917 

Monitorando a aprendizagem:
1- Ainda é possível observar, nos dias de hoje, rejeição às inovações tecnológicas. de que segmentos sociais, elas partem?
2- Você aprendeu que a sociologia é um saber científico que nos ajuda a entender que certas ideias e fenômenos sociais nem sempre foram percebidos como os percebemos hoje. Um bom exemplo é o tempo. Responda:
a) De que modo o tempo era medido e controlado e percebido na Idade Média.
b) Que situações contribuíram para o tempo passasse a ser percebido como riqueza?


 

4 comentários:

  1. A) Na Idade Média, a medida de tempo se baseava nos fenômenos naturais e também nos costumes. Por exemplo, um dia de trabalho correspondia à duração da luz do sol. O controle do tempo não era voltado para a produção ou acúmulo. Não havia tecnologia que permitisse o armazenamento de certos produtos (como alimentos) e, por isso, o tempo era usado para produzir o necessário e não o excedente para troca.

    B)O trabalho livre, regido por um contrato: o acerto entre o empregador e o trabalhador estipulava o salário que seria pago em troca de um serviço realizado num tempo determinado. A cidade: a migração maciça de trabalhadores no campo para as cidades, onde o trabalho era contratado, acelerou o processo de mudança na percepção do tempo.A difusão do uso do relógio: o tempo passou a ser controlado por uma máquina de precisão e não mais pela natureza, e seu fracionamento em segundos, minutos e horas padronizou o ritmo dos trabalhadores.

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    1. Muito bem Dayana respondeu corretamente..parabéns pelo esforço...profª Alcilene
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  2. como é a resposta dessa primeira questao?

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  3. Voce é quem tem que estudar e responder...assim é facil!

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