Voce sabia:
Capitão Gancho, Jack Sparrow, Barba Ruiva. A lista de piratas da ficção é grande e recheada com figuras interessantes: foras-da-lei com um código de ética muito peculiar, que roubavam tesouros, cidades e navios. Nem todo pirata tem a perna de pau, o olho de vidro ou a cara de mau, mas eles definitivamente existiram e alguns ficaram famosos. Elegemos 10 piratas notórios, que realmente existiram e fizeram história. Confira a lista:
10. Roberto Cofresí
Pirata mais famoso de Porto Rico, com direito até a estátua em Cabo Rojo, Roberto Cofresí foi uma espécie de Robin Hood no Caribe, no final do século 18. El Pirata Cofresí, como era chamado, foi um dos piratas de maior sucesso contra as forças armadas espanholas, criando uma extensa rede de informantes civis que o ajudavam a escapar. Mas todo fora-da-lei tem seu fim: ele acabou sendo capturado e executado em 1825, aos 33 anos.
9. Henry Every
Every atuava como pirata nos oceanos Atlântico e Índico em meados de 1690. Ele ficou conhecido por seus contemporâneos como “Rei dos Piratas”. Isso porque Henry foi um dos únicos piratas da história que conseguiu se aposentar com suas pilhagens sem ser morto ou preso. Além disso, ele foi o capitão de um dos ataques piratas mais lucrativos da história: a captura de uma frota do império Mugal que fazia sua peregrinação anual à Mecca. A pilhagem rendeu cerca de 600 mil libras em joias e pedras preciosas.
8. Anne Dieu-le-Veut
Anne Dieu-le-Veut foi uma pirata francesa, também apelidada de Anne God-Wants (algo como “Vontade de Deus”, em tradução livre). Ela se casou com um pirata após a morte de seus dois primeiros maridos. Dieu-le-Veut era conhecida por ser corajosa e implacável. Anne foi uma das poucas mulheres piratas que não se disfarçava de homem – ao contrário das superstição, a presença de Anne era considerada boa sorte pela tripulação. Seu fim ainda é um mistério: sabe-se que ela foi capturada pelos ingleses e acabou ficando durante 3 anos na prisão, mas ninguém conhece o seu paradeiro depois disso.
7. Sir Francis Drake
Para os ingleses, Francis Drake era um cavaleiro condecorado pela Rainha Elizabeth I. Já para os espanhóis, ele era um odiado pirata. Tanto que o rei da Espanha chegou a oferecer uma recompensa de 20 mil ducados (mais de 6 milhões de dólares nos dias de hoje) pela sua cabeça. Sir Francis, conhecido também como El Draque, ajudou a derrotar a Invencível Armada Espanhola e foi o primeiro inglês a circunvagar a Terra. Seus espólios como corsário (uma espécie de pirata certificado, com autorização para pilhar navios e cidades de outros países) ajudaram a enriquecer a Coroa Britânica até sua morte por disenteria, aos 55 anos, em 1596.
6. Captain Kidd
O Capitão Willian Kidd era um corsário inglês que atacava e pilhava navios da França, que na época estava em guerra contra a Inglaterra. O problema foi que Kidd passou dos limites e começou a atacar também navios que não faziam parte do acordo com o governo inglês. Ele acabou preso nos Estados Unidos e sentenciado à morte em seu país de origem. O julgamento não foi muito justo, já que várias pessoas viam na condenação do Capitão Kidd uma chance de se safar. Mesmo depois da morte, ele continuou famoso por conta de tesouros que teria escondido por aí.
5. Anne Bonny
Anne nasceu na Irlanda, mas sua família se mudou para o Caribe quando ainda era criança. Ela cresceu nas Bahamas cercada por piratas e, apesar de seu pai ser um rico homem de negócios, acabou sendo deserdada por se casar com um fora-da-lei, chamado James Bonny. Alguns anos mais tarde, Anne Bonny conheceu o renomado pirata Calico Jack e fugiu com ele. Ela fez parte de sua tripulação e era uma pirata muito respeitada pelo time. Em 1720, o navio deles foi atacado pela Marinha Real e Bonny, juntamente com sua amiga Mary Read, lutaram bravamente, enquanto o resto da tripulação embriagada se rendeu. Bonny declarou que estava grávida e teve sua condenação adiada – ela acabou sendo perdoada e viveu até os 93 anos. Suas últimas palavras para Calico Jack foram “Se você tivesse lutado como um homem, não teria que morrer feito um cão”.
4. Mary Read
Mary Read passou boa parte de sua vida disfarçada de homem. Fez parte do exército britânico e da Companhia das Índias. Quando a tripulação do navio que ela trabalhava se amotinou, Mary, disfarçada de Mark, se tornou pirata e parte do time de Calico Jack. Anne Bonny acabou se interessando por Mark, que teve que revelar sua verdadeira identidade para ela e o capitão Jack. Quando o navio foi capturado, Read também revelou estar grávida de um prisioneiro que era seu amante. Ela acabou morrendo em uma prisão jamaicana por complicações da gravidez.
3. John Rackham (Calico Jack)
John Rackham, mais conhecido como Calico Jack, foi um famoso pirata inglês no Caribe do século 18. Ele é muito conhecido porque a imagem de sua bandeira pirata (chamada de Jolly Roger) era uma caveira com duas espadas cruzadas – figura que ficou marcada como símbolo dos piratas na cultura popular. Além disso, também ganhou fama por ter duas mulheres formidáveis em sua tripulação – Anne Bonny e Mary Read. Ele foi capturado pelo ingleses sem oferecer resistência em 1720 e morreu enforcado.
2. Black Bart
Bartholomew Roberts, ou Black Bart, foi um dos piratas mais bem sucedidos de seu tempo. Conhecido por seu cavalheirismo, foi Roberts e sua tripulação que desenvolveram os 11 artigos do código pirata. Black Bart chegou a capturar mais de 450 navios em todo continente americano, de norte a sul. Ele morreu em combate contra um navio inglês, em 1722, para surpresa dos dois lados da disputa, que consideravam Bartholomew invencível.
1. Edward Teach (Blackbeard)
Se Calico Jack imortalizou a Jolly Roger com a caveira e duas espadas, o Barba Negra (Blackbeard) foi o responsável pelo estereótipo do pirata terrível, com aparência assustadora, a la Capitão Gancho. Edward Teach era inglês, mas, como muitos outros, fez sua fama como bandido implacável no Caribe, a bordo do navio Vingança da Rainha Ana. Ele acabou morto num combate contra as autoridades e reza a lenda que foram necessários 20 golpes de espada e cinco tiros para finalmente abatê-lo.
Fonte: revista superinteressante
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