Historia Geral
18ª aula
A civilização da Grécia Antiga deixou marcas profundas no desenvolvimento das sociedades ocidentais. Cerca de 25 séculos depois, feitos daquela época ainda são referencia e servem de inspiração ou ponto de partida para outras reflexões. Isso se deve em grande à parte à filosofia, que surgiu a partir do século VI a. C, marcando de forma indelével o mundo que viria depois. A filosofia surgiu em contraposição á mitologia grega, que cumpria a função de dar significado ao universo, explicar o desconhecido, encontrar razões para o aparecimento inexplicável. Os deuses e os mitos eram agentes dessa explicação, desse porque encontrado para o mundo, e vinham ao encontro da profunda necessidade do grego de dar sentido a tudo que estava à sua volta.
Durante muitos séculos, os mitos cumpriram muito bem essa função. A partir de um determinado momento, porém, deixaram faze-lo. Narrado através de símbolos e histórias aparentemente ilógicas, o mito passou a ser pequeno diante da sede de conhecimento dos gregos.
Já a filosofia surgia com outra proposta. Ao contrário dos mitos, que narram como as coisas foram num passado imemorial, a filosofia se preocupava em explicar como e porque as coisas são. Além disso, a filosofia não admite argumentos incompreensíveis, exige explicações coerentes, lógicas e racionais.
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Segundo a filósofa brasileira Marilena Chauí, no seu livro Introdução à história da filosofia, a expressão milagre grego, significa não só que, de modo absolutamente original e espontâneo, os gregos criaram a filosofia e a ciência gregas, mas sobretudo, os gregos criaram para o Ocidente a filosofia e a ciência, isto é, modos de pensar e de intervir sobre a realidade que permaneceram como um legado, imperecível para toda a posteridade ocidental.
Enquanto o mito era essencialmente uma narrativa mágica, que tentava resolver no plano da imaginação tensões e conflitos sociais, a filosofia nasce como uma racionalização da narrativa mítica, superando-a e deixando-a como passado poético.
Por ter criado algo tão importante, a civilização da Grécia Antiga é vista com tanta veneração por muitos pesquisadores. Para eles, os gregos seriam um povo iluminado, capaz de uni sensibilidade e intelecto, natureza e humano, forma e conteúdo, apto para conciliar os contrários, encontrar a medida certa de todas as coisas, inibir as paixões humanas e atuar conforme as normas da virtude. Eles seriam o povo da simplicidade racional, capaz de descobrir coisas com um pequeno número de princípios racionais. Por isso, criaram a filosofia, expressão da racionalidade, da simplicidade e da objetividade.
Segundo Nietzsche, filósofo alemão do século XIX, os gregos criaram a filosofia porque não tiveram medo do dilaceramento, da dualidade que habita o homem: ser generoso, mas também capaz de crueldades atrozes. As principais características dessa filosofia nascente são:
a) Racionalidade: a razão é usada como principal critério na busca da verdade. A razão (logos) está acima da experiência imediata e da fantasia mítica.
b) Busca de respostas: a solução de um problema deve ser sempre submetida à análise crítica, em vez de ser dogmaticamente aceita. Princípios lógicos; para se pesquisar um assunto, deve ser usado um pensamento organizado, de modo que pensamento e discurso sejam aceitos como verdadeiros.
c) Investigação: para se responder aos problemas, deve-se usar a investigação e abrir mão das explicações preestabelecidas.
d) Generalização: as explicações encontradas pelo pensamento lógico devem ter um alcance geral.
Por ter criado algo tão importante, a civilização da Grécia Antiga é vista com tanta veneração por muitos pesquisadores. Para eles, os gregos seriam um povo iluminado, capaz de uni sensibilidade e intelecto, natureza e humano, forma e conteúdo, apto para conciliar os contrários, encontrar a medida certa de todas as coisas, inibir as paixões humanas e atuar conforme as normas da virtude. Eles seriam o povo da simplicidade racional, capaz de descobrir coisas com um pequeno número de princípios racionais. Por isso, criaram a filosofia, expressão da racionalidade, da simplicidade e da objetividade.
Segundo Nietzsche, filósofo alemão do século XIX, os gregos criaram a filosofia porque não tiveram medo do dilaceramento, da dualidade que habita o homem: ser generoso, mas também capaz de crueldades atrozes. As principais características dessa filosofia nascente são:
a) Racionalidade: a razão é usada como principal critério na busca da verdade. A razão (logos) está acima da experiência imediata e da fantasia mítica.
b) Busca de respostas: a solução de um problema deve ser sempre submetida à análise crítica, em vez de ser dogmaticamente aceita. Princípios lógicos; para se pesquisar um assunto, deve ser usado um pensamento organizado, de modo que pensamento e discurso sejam aceitos como verdadeiros.
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d) Generalização: as explicações encontradas pelo pensamento lógico devem ter um alcance geral.