O termo "Genocídio"
não existia antes de 1944; ele foi criado como um conceito específico para
designar crimes que têm como objetivo a eliminação da existência física de
GRUPOS nacionais, étnicos, raciais, e/ou religiosos. Em contraste,
"direitos humanos", tais como definidos pela Declaração dos
Direitos do Cidadão nos Estados Unidos ou pela Declaração Universal dos
Direitos Humanos das Nações Unidas de 1948, dizem respeito a direitos
INDIVIDUAIS.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi78al1QQcATF5ban5hQm7_nev9sMoJgGjfX8ubl6E0XVoTw70tl4cOlvsdWOlY30lDCEtsY9Idu2KoEDu9kxw-utqDGr-SdnkVjGgDiNWUSFMaWp51T7m6UhkYPTE1CjAL0RLSYygzQBwu/s1600/images.png)
Em 9 de dezembro de 1948, sob
a sombra recente do Holocausto e em grande parte pelos esforços incansáveis de
Lemkin, as Nações Unidas aprovaram a Convenção para a Prevenção e Punição de
Crimes de Genocídio. Esta Convenção estabeleceu o "genocídio" como
crime de caráter internacional, e as nações signatárias da mesma comprometeram-se
a "efetivar ações para evitá-lo e puní-lo", definindo-o assim:
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0VjKKyF1H5waY2OLIgWEaaPWl9hfQZLauZ6qtfDPxVwiFLCnncNH-BIEZAy3vvz_6ADCumCXrNRjoYHbfTQMzgEjy-yieNHjam6HMSHei1SXGeYiptGYpfbk4kCvXy8YX6KKX0sqVJQYn/s1600/imagesZCJCKESV.jpg)
(a) Assassinato de membros do
grupo;
(b) Causar danos à integridade
física ou mental de membros do grupo;
(d) Impor medidas que impeçam
a reprodução física dos membros do grupo;
(e) Transferir à força
crianças de um grupo para outro.
Embora muitos casos de
violência contra determinados grupos hajam ocorrido ao longo da história, e
mesmo após a Convenção haver se tornado válida, o desenvolvimento internacional
e jurídico do termo concentra-se em dois períodos históricos distintos: o
primeiro, a partir da criação do termo até sua aceitação como lei internacional
(1944-1948), e o segundo, desde que ele foi efetivado através do
estabelecimento de tribunais para o julgamento de crimes internacionais de
genocídio. A prevenção do genocídio, também parte integral da Convenção, é um
desafio que nações e indivíduos ainda enfrentam.
Para mais informações, visite
a página do Comitê da Consciência, do Museu Memorial do Holocausto dos Estados
Unidos . O mandato do Comitê da Consciência é o de alertar a população,
trabalhar junto a legisladores para informá-los sobre o tema, bem como estimular
ações mundiais para confrontar e coibir atos de genocídio ou outros tipos de
crimes contra a humanidade.
Na foto, o professor Raphael
Lemkin (à direita) e o Sr. Ricardo Alfaro, panamense, presidente do Comitê
Legal da Assembleia, conversam antes da sessão plenária da Assembleia Geral na
qual foi aprovada a Convenção para a Prevenção e Repressão do Crime de
Genocídio.
Observação:Etnocídio é a destruição da cultura de um povo.
— United Nations Archives and Records Management Section
Na foto, o professor Raphael Lemkin (à direita) e o Sr. Ricardo Alfaro,
panamense, presidente do Comitê...
Genocídios no Brasil
No Brasil também temos exemplos de genocídios e etnocídios. O maior deles está relacionado com a abordagem do Estado com a população indígena, que, no decorrer da história do país, foi perseguida, retirada de suas terras e destituída de qualquer direito sobre a própria cultura. Estima-se que durante o período colonial cerca de cinco milhões de índios viviam no território brasileiro. Atualmente, segundo o Censo de 2010 realizado pelo IBGE, a população indígena é de pouco mais de 800 mil pessoas. Os trabalhos realizados pelo governo, a partir da Constituição de 1988, ganharam alguma força nos últimos anos, e órgãos como a Fundação Nacional do Índio (Funai), criada em 1967, que tem como função “ proteger e promover os direitos dos povos indígenas no Brasil”, serviram para mediar e representar as necessidades da população indígena.
Outro exemplo, mas menos conhecido, é o episódio chamado de “holocausto brasileiro”, em que mais de 60 mil internos do “Hospital Colônia de Barbacena”, localizado em Barbacena, Minas Gerais, morreram vítimas de negligência, fome e maus-tratos físicos e psicológicos. O caso veio a público e ganhou grande repercussão em 2012 por meio da jornalista Daniela Arbex, autora do livro “O holocausto brasileiro”, que reconta os sofrimentos e os acontecimentos que resultaram na morte dos pacientes internados no hospício “Colônia.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhdTp1-m-tEW0Zrq7pldQN4Zu2fCDFOLc96IYGXbbhnewHLJQoyfx17WVJ76PLA1x0EuB4CrkHfK5pEpYv8ly0ueuUyTJ3vCYqNLz3v85CTxGqPVrICE8c4mslTfVm8WSOi-23TibcJvqhJ/s1600/imagesJC611OHH.jpg)
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1-O que é Genocídio e Etnocídio? Dê exemplos.
2-Cite exemplos de Genocídio e Etnocídio praticados no Brasil.
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