Leitura complementar para quando falarmos de Sérgio Buarque de Holanda, em uma próxima aula:
Todo brasileiro sabe o que é um "jeitinho". Uma carona no ônibus, uma carteira de motorista comprada, ou uma alternativa criativa para se livrar de uma multa de transito: são inúmeras as situações do dia a dia que podemos identificar como exemplos de prática do famoso jeitinho brasileiro.
Mas o que o jeitinho pode nos dizer sobre nossa sociedade? A antropóloga Lívia Barbosa mostrou que sim.Em seu livro O jeitinho brasileiro ou a arte de ser mais igual que os outros (1992), a pesquisadora fez, através de uma série de entrevistas, uma verdadeira radiografia dessa pratica social tão conhecida entre nós, mostrando que ela revela, acima de tudo, a dificuldade do brasileiro em lidar com o principio básico de igualdade.

E como o jeitinho é visto pelos brasileiros? Lívia Barbosa afirma que a grande maioria dos entrevistados o situa entre o favor e a corrupção, e que a diferença entre esta ultima e o jeitinho está, sobretudo, no montante de dinheiro envolvido. É importante frisar que a pesquisa mostrou não haver uma distinção nítida entre essas três práticas, que uma multa aliviada por guarda pode, dependendo da situação, ser vista como um favor, um jeitinho ou um ato de corrupção.
Sempre permeado por discurso emocional. O jeitinho tem inevitável apelo à simpatia e à comoção do interlocutor. Ele é assim, uma forma peculiar de sobrepor os interesses pessoais aos princípios da igualdade garantida por lei, numa pratica que deixa bastante clara a relação complexa do brasileiro com os limites entre o mundo do privado e o mundo do público.
"Nunca gostei desse "jeitinho brasileiro" de maneira alguma, tenho minha opinião se não for para todos igualmente, nada feito! Não é não e Sim é sim, mas em cima do muro, NUNCA!"
Assimilando conceitos:
Texto 1:
De fato, como é que reagimos diante de um: você não pode é proibido?

noção de direitos e que não estão percebendo o comportamento individual daquele grupo "do entra e sai", que chega sem nada nas mãos ou quando chegam com sacolas de compras, vindos da aula de natação, cabeleireiro, etc, mas nunca chegam com algo que diz respeito ao serviço como processos por exemplo, você que age como a lei pede, chega todo machucado, por que antes levou um tombo na rua por pressa em chegar no horário, tudo por causa do atraso do trem e não seu. Você coloca a digital e tem que permanecer no local de trabalho por que a lei manda, apesar do seu esforço em estudar e também possuir diplomas e qualificações, não ganha gratificação e nem tem salário dobrado e tem que ficar no mesmo local, fazendo presença para que ninguém perceba que aquele bando de 'fora da lei', não cumprem seus deveres e obrigações e que a máquina pública é uma farsa. Aí você começa a perceber que algo está errado e não é possível, e logo você começa a perceber que esta ocorrendo injustiça porque tudo começou com o tal" jeitinho" de ganhar sem trabalhar ou seja roubar o governo, ou melhor o país, não há cumprimento da lei trabalhista, não cumprem a isonomia salarial proposta na Constituição e fazem o que querem com o dinheiro de uma nação sem consulta pública criam órgãos públicos para cabides de empregos, desrespeitando a democracia do Estado e isso causa repúdio, então você começa a pensar na junção do "pode" e "não pode". Pois bem, é essa junção que produz todos os tipos de jeitinhos e arranjos que fazem com que possamos operar um sistema legal que quase sempre nada tem a ver com a realidade social.
Texto 2:
Responda:
No texto 1 você encontra um jeitinho brasileiro para beneficiar um pequeno grupo "fora da lei "e no texto 2 uma charge ilustrando com ironia uma situação onde o jeitinho é aplicado. Descreva a imagem, destacando as características do" jeitinho", apontadas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário