sábado, 1 de junho de 2013

Raios e relâmpagos...por profª Alcilene Rodrigues

Física

A

B

C

O Brasil é um país privilegiado, tratando-se da incidência de raios. Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) de 1993 indicam que, dos cerca de 3 bilhões de raios que caem anualmente na superfície da Terra, cerca de 100 milhões atingem terras brasileiras. Considerando que a área de nosso país representa pouco mais de 1,6% da superfície do globo, recebe todo ano, 3,3% dos raios gerados é de fato, um prodígio. Os raios formam-se no corpo dos cúmulos-nimbos, que são aquelas nuvens mais altas, escuras, que pairam a cerca de 4 km do solo e chegam a atingir 12 km de espessura.
Essas nuvens se caracterizam pela rapidez com que o ar quente e úmido sobe devido a diferença de densidade em relação ao ar frio presente na nuvem. A medida que sobe, a massa de ar se resfria rapidamente. Depois de atingir o topo da nuvem o ar recém-chegado começa a descer, pois esta agora mais frio. Nesse sobe e desce, as moléculas de água, algumas em formas de vapor, outras em forma de cristais de gelo de diferentes tamanhos, se chocam uma nas outras. Nos choques, elétrons são trocados, formando regiões eletrizadas. O topo da nuvem acaba ficando positivo e a parte mais baixa, por concentrar mais elétrons, se torna negativa. Como a tendência é sempre manter-se uma distribuição uniforme de cargas em um corpo, correntes de cargas podem aparecer em qualquer direção. Como a nuvem é um corpo fluido, não só os elétrons, mas também moléculas carregadas positivamente tem mobilidade. Por isso, sabe-se que existem raios negativos, quando são gerados na parte de baixa da nuvem, ou positivos, quando nascem nas partes mais altas. Esses últimos são os mais perigosos e destrutivos.
Existem raios " intranuvem " que podem conectar regiões positivas e negativas no corpo da própria nuvem, redistribuindo as cargas, como na foto A, podem ainda ocorrer raios " entre nuvens", transferindo cargas entre duas nuvens próximas como na foto C.
Em algumas situações, a tentativa de neutralização da carga da nuvem pode acontecer entre ela e um corpo próximos e teoricamente capaz de receber ou fornecer quanto elétrons forem necessários. Esse corpo é a Terra. Quando a descarga toma o rumo da Terra, alguns fatores podem tornar as condições ainda mais favoráveis. Qualquer protuberância no solo, como morros, árvores, prédios, postes, antenas, uma pessoa de pé, é o ponto mais provável de contato. Isso porque as cargas é ainda maior. Essa maior concentração de cargas nas superfícies pontiagudas, conhecidas por "poder das pontas", é o princípio no qual se baseia o funcionamento dos pára-raios.

Aprendendo
1- As diferenças de carga elétrica e campo elétrico estão intimamente ligadas.Com relação a uma carga elétrica e ao campo elétrico por ela gerado, afirma-se que:
I- o campo elétrico é uma propriedade da carga elétrica.
II- uma carga elétrica produz um campo elétrico que diminui ao longo tempo.
III- o campo elétrico altera as propriedades do espaço em torno da carga elétrica que o produz.
IV- o campo elétrico de uma determinada carga elétrica pode ser modificado com a proximidade de outra carga.
Estão corretas apenas as afirmações:
a) I e III
b) I e IV
c) I,III e IV
d) II,III e IV
e) I,II e III



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